Eu tenho neurocisticersose calcificada e tomo Gardenal, mas meu médico quer que eu deixe de ingerir

Neste caso, uma epilepsia sintomática devido a neurocisticercose, quando o indivíduo está há mais de 2 anos sem apresentar crises epilépticas é possível a retirada lenta e gradual (desmame) do anticonvulsivante. Todavia esta decisão deve ser de comum acordo entre médico e paciente.

Entendo perfeitamente seu medo. Lidar com neurocisticercose e o risco de convulsões não é fácil, e a ideia de parar a medicação que te manteve estável pode ser assustadora.

O Gardenal (fenobarbital) é um anticonvulsivante potente, mas seu médico tem boas razões para sugerir a redução gradual. Em casos como o seu, de epilepsia sintomática devido à neurocisticercose calcificada, existe a possibilidade de retirar o medicamento após um período prolongado sem crises.

Geralmente, quando um paciente fica mais de dois anos sem apresentar convulsões, pode-se considerar o desmame do anticonvulsivante. Isso é feito de forma lenta e gradual, justamente para minimizar os riscos.

É importante lembrar que cada caso é único. Seu médico está levando em conta sua história clínica, exames e evolução ao longo do tratamento para tomar essa decisão. A retirada da medicação não é algo que se faz de uma hora para outra, e sim um processo cuidadoso e monitorado.

Quanto à sua preocupação sobre ter que tomar anticonvulsivantes para sempre, não necessariamente. Muitas pessoas com neurocisticercose calcificada conseguem ficar livres de medicação após um período adequado de tratamento e estabilidade.

O medo que você sente é compreensível e válido. Por isso, é fundamental que você compartilhe essas preocupações com seu médico. A decisão de retirar a medicação deve ser um acordo entre vocês dois. Seu médico pode explicar em detalhes o plano de desmame, os sinais que vocês vão monitorar e o que fazer caso você sinta qualquer sintoma preocupante.

Se quiser discutir mais sobre isso ou tirar dúvidas adicionais, estou à disposição para uma teleconsulta. Posso ajudar a esclarecer suas preocupações e orientar sobre como lidar com essa transição. A telemedicina nos permite esse diálogo mais detalhado e personalizado. Se tiver interesse, basta clicar no meu perfil para mais informações.

Lembre-se: você não está sozinho nessa jornada. Com o acompanhamento médico adequado e sua participação ativa no processo, é possível fazer essa transição de forma segura e bem-sucedida.