É possível o cérebro sofrer alterações ao longo do tempo e algo mais grave como uma experiência

21 respostas
É possível o cérebro sofrer alterações ao longo do tempo e algo mais grave como uma experiência estressante modificá-lo de forma a influenciar no modo como se está diante do mundo?
Algumas pesquisas na área do estresse, calculam que, ao fim de cerca de 30min, os hormônios do estresse que são adrenalina e cortisona, começam a desativar as moléculas que transportam glucosa para o hipocampo, deixando assim esta parte do cérebro com pouca energia,
Depois de períodos mais longos, os hormônios do estresse podem acabar comprometendo seriamente as ligações entre os neurônios e fazendo o hipocampo reduzir ao máximo sua ação, tal como uma espécie de atrofia funcional se for leve, se for muitos meses acaba inutilizando os neurônios do hipocampo.
Utilizo a reabilitação neuropsicológica associada á terapia da Gestalt.

Att.
Mônica Elisiario - Neuropsicologa.

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Bom, o que você menciona referem-se a "alterações" cognitivas, o que não é igual a alterações neurológicas. O modo como fazemos nossa leitura de mundo diz respeito aos nossos pensamentos (funcionais ou disfuncionais), que por sua vez alteram nossas emoções e nossos comportamentos. Uma experiência "estressante" como você coloca, pode sim "causar" mudanças/influenciar no modo de se estar no mundo, enfrentar situações, etc. Sugiro que procure um Psicólogo (sugiro cognitivo-comportamental), este profissional poderá ajudá-lo.

Abçs!
Diante de situações aversivas do dia a dia nosso cérebro pode responder negativamente sim.
Tudo depende do grau e da intensidade e cada qual terá suas consequências.
Nossas funções cognitivas podem ser alteradas diante dessas situações e de certa forma interferir em nossa vida diária.
Funções cognitivas como exemplo : memória, atenção, raciocínio lógico, funções executivas e principalmente a atenção podem apresentar alterações diante de situações de estresse e ao realizar uma avaliação neuropsicológica os resultados estarão inferior a média.
Por isso, é importante realizar uma avaliação neuropsicológica e verificar as suas habilidades cognitivas preservadas e as habilidades defasadas. Após propor um programa de reabilitação e/ou psicoterapia, dependendo dos resultados.
E após um ano é importante refazer a mesma avaliação a fim de verificar os ganhos significativos.

Atenciosamente,

Marlene Galdino.
Através de um fenômeno chamado neuroplasticidade nosso cérebro é capaz de adequar-se, conforme demandado. Pode ocorrer um declínio de alguma função caso não haja estimulação, tanto quanto pode haver uma melhor performance se houver treino ou reabilitaçao cognitiva específicos para tal.
Olá. Nosso DNA sofre alterações constantes e por isso o cérebro também faz releitura de como o mundo é visto e seu significado para cada situação ,que pode ser agradável ou estressante
O que importa se a pessoa encontra se em sofrimento buscar ajuda e não se rotular.
Já basta as cobranças externas.
Nosso cérebro é NEUROPLÁSTICO, assim ele é moldado durante todo nosso neurodesenvolvimento e nossas experiências de vida.
Todas escolhas que fazemos, caminhos que percorremos e formas de vivenciar as experiencias que temos nós fazem ser o que somos, ou seja, faz termos o cérebro que temos.
O mais importante de saber deste fato é ter consciência de que podemos mudar, e mudar nossos pensamentos e comportamentos é mudar o que somos e assim reorganizar nosso cérebro promovendo neuroplasticidade e o tornando mais "poderoso" e saudável ajudando a prevenir diversas doenças neurológicas e psiquiátricas.
é possível sim, não só é possível como é bastante comum. Ninguém nasce com determinada doença mental, todos nascemos íntegros e construímos nosso meio através do outro e da relação com o outro. (Quando falo em doença mental, falo em doenças psiquiátricas ou psicológicas/ exclui-se doenças neurológicas hereditárias.) Ninguém nasce com transtorno de humor, ou esquizofrênico ou coisa que o valha, é através do meio, de nossas experiências e percepções que desenvolvemos determinadas condutas. Se pararmos para pensar, tudo é químico-cerebral! Nossas emoções, como agir, até nossos pensamentos. E sim, é possível se sofrer tanto (guiado pela química-cerebral) a ponto de modifica-la e assim modificar seus sentimentos, relacionamentos e principalmente pensamentos (visão de mundo).
Olá! Nosso cérebro tem mais plasticidade do que a própria ciência considerava. Ou seja, dependendo dos condições de circunstâncias de vida e tratamentos, é possível que você tenha uma gama enorme de resultados, inclusive resultados saudáveis e positivos, caso a resiliência seja despertada por tratamentos eficazes. Sugiro você conhecer a Terapia EMDR. Não há limite para a mente. Tudo de melhor.
Os agentes estressores a que somos expostos na nossa vida cotidiana agem no nosso corpo provocando alterações agudas ou crônicas. Se esses estressores são persistentes, ainda que não sejam tão intensos, podem levar a alterações na produção do hormônio cortisol que passa a ser produzido e liberado em excesso, o que faz com que o organismo sofra efeitos prejudiciais em vários órgãos, inclusive no cérebro. Existem existências científicas que comprovam que há alterações anatômicas do cérebro em decorrência do efeito nocivo do estresse crônico. A Neuropsicologia sugere que comprometimentos morfológicos podem ocasionar alterações fisiológicas de áreas cerebrais, o que poderia vir a afetar o funcionamento adequado do cérebro e, consequentemente, as funções psíquicas. O que sabemos hoje, é que o estresse crônico tem significativo efeito no cérebro que está relacionado a áreas afetadas e funções comprometidas, que podem ser responsáveis por provocar doenças mentais.
Com certeza o estresse altera e muito o cérebro, exemplos de doenças que podem ser causadas pelo estresse: Insônia,
depressão, transtornos alimentares, problemas do coração. ...
envelhecimento precoce, doenças de pele, entre outras. .
Estamos sempre mudando baseado no que acontece conosco e o que fazemos com isso, isso é nosso, não do cérebro. Um evento estressante, no sei caso, deixa marcas em nossa vida e aprendemos, no decorrer da vida, a lidar com essas marcas. As vezes se faz necessário reaprender a lidar com nossas marcas, ve-las novamente e reorganiza-las. Isso é a psicoterapia.
Podemos pensar que o cérebro está em constante processo de modificação, é algo dinâmico. Além do que os demais colegas colocaram, podemos também pensar que as emoções tem uma influência importante na resposta da mente ou como o mundo é interpretado por cada um de nós. Da mesma forma que as emoções nos ajudam também podem nos prejudicar. Em uma experiência “estressante”, também podemos pensar em algo como um “bloqueio emocional”, na qual a mente pode passar a trabalhar de forma diferente de como fazia antes. Entendemos que com psicoterapia é possível analisar essas experiências, revivendo-as, buscando “desbloquear” ou minimizar o que antes estava “bloqueado”, e assim diminuir o peso da situação estressante.
Tanto as experiências traumáticas quanto as experiências gratificantes podem alterar o funcionamento do cérebro e, consequentemente, moldar o conjunto de crenças e comportamentos da pessoa. Veja que o cérebro humano contém cerca de 100 bilhões de neurônios e cada um deles faz aproximadamente 10 mil conexões com outros neurônios, um total que pode alcançar 100 trilhões de conexões. Essa rede complexa dá origem às percepções, imaginação, memória, emoções, e pensamentos. O desenvolvimento desses circuitos baseia-se, em parte, por uma programação genética, mas é intensamente dependente das experiências individuais do sujeito em seu ambiente. Ou seja, a constituição do funcionamento do indivíduo sofre interferência da hereditariedade em uma interação complexa com o meio ambiente, formando assim, uma "via de mão dupla" (gene-amabiente/natureza-cultura). Graças à neuroplasticidade, isto é, a capacidade da rede neuronal de se transformar e adaptar-se às exigências ambientais e às exigências internas do organismo, que temos a possibilidade de mudarmos padrões cognitivos e comportamentais que nos causam prejuízos. Por isso, também a importância de buscarmos boas experiências e um treinamento cognitivo e comportamental adaptativo. Está comprovado que a psicoterapia contribui no processo de mudança neuronal positiva para o sujeito.
Sim, por vezes alguns sintomas e ou pensamentos, ideias, só ocorrem após determinadas experiências de nossa vida.
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Coko.ja dito e cérebro muda desde que nascemos até a morte. Tudo que vivemos experimentamos tem influência na forma como percebemos o mundo e agimos nele. Situações estressantes,traumas também causam alterações em nossa percepção do mundo.
Mas o melhor desta plasticidade e que da mesma forma que situações ruins mudam nossa percepção os tratamentos psicoterapico podem auxiliar a mudar e melhorar as questões que nos incomodam.
Olá, Pessoa! Adorei sua pergunta e, queria te contar que ela é minha pergunta favorita do Doctoralia até então. Gostaria muito que você tivesse compartilhado mais da parte pessoal que te leva a questionar sobre isto, qual o sentimento que tem, por que busca esta informação - apesar de ter achado ela vaga na medida certa. De fato, como os colegas já bem apontaram, a resposta é sim. Mas não só.
Toda experiencia percebida (e não só as ruins) causa uma alteração que fica anotada para referencias futuras. Isto diz de uma percepção de si, do outro e do mundo. O que acho válido notar aqui é que somos um corpo inteiro no mundo e, não apenas um cérebro. As reações do corpo (i.e. sensações) também fazem parte da experiencia de estar no mundo e, estão tão cheias de significado quanto a cognição. Ao longo da vida, tanto o corpo quanto o cérebro se modificam, criando uma forma que lhes confere sentido - o cérebro tem até suas "marcas de expressão", aquilo que conseguimos fazer no piloto automático. Este assunto é inesgotável e gera excelentes reflexões. Espero que sinta, após tantas respostas, que mudanças são possíveis e que não é uma experiencia que condena pessoa alguma. Podemos sempre viver novas experiencias e, dar novos significados a velhas interpretações. Se por acaso este processo estiver difícil, busque ajuda! Senão, desejo o melhor nas suas descobertas! =]
Nosso cérebro está em constante atividade, mas talvez você esteja sendo bastante racional para buscar entendimento sobre questôes emocionais, será isso?
Há sim fatos que acontecem em nossas vidas que podem mudar nossa forma de ver, perceber e atuar em nossas vidas.
Se você identifica algo nesse sentido, e não está feliz ou confortável com alguma mudança, dê atenção à isso e conseguirá compreender melhor e se necessário "reprogramar" algo. Se quiser, podemos conversar. Espero ter ajudado. Até mais! :)
Sim, principalmente eventos estressores que ocorreram precocemente na vida da pessoa. Existem inúmeros estudos nesse sentido que apontam alterações no hipocampo (responsável pela memória e sentimentos); alterações no lobo frontal (responsável pela atenção, motivação, tomada de decisão, controle de impulsos, etc.) Como dito pelos colegas nosso cerebro sofre alterações constantes. Como alento descobriu-se que mesmo adultos podem formar novos neuronios e nosso cerebro é plastico, podendo fazer novas conecções.
Sim nosso cérebro se modifica, existe a plasticidade, então como todo músculo ele pode ser desenvolvido e trabalhado. Uma situação traumática que é algo que teve um forte impacto emocional, pode fazer sua psiquê entrar no modo super proteção, e com isso fazer você ter medo de situações parecidas com as que você vivenciou, isso acaba mudando sua visão de mundo.
Sim, o cérebro pode sofrer alterações ao longo do tempo e experiências estressantes podem influenciar sua estrutura e funcionamento. O cérebro é altamente adaptável e pode ser afetado por eventos traumáticos, estresse crônico ou outras experiências desafiadoras. Isso pode resultar em mudanças neuroquímicas e neurofisiológicas que impactam a forma como nos relacionamos com o mundo, afetando nossas emoções, pensamentos e comportamentos. No entanto, é importante ressaltar que o cérebro também tem a capacidade de se recuperar e se reorganizar por meio de processos de neuroplasticidade, especialmente com o suporte de intervenções terapêuticas adequadas.
Olá. A passagem do tempo não provoca alteração no cérebro. As experiências que vivemos, em especial as traumáticas, podem mudar o funcionamento do cérebro sim, o que, em uma espefera sistêmica, influênciará sua forma de estar no mundo. Abraço.

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