Como tratar pessoas com transtorno de personalidade paranoide?

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Como tratar pessoas com transtorno de personalidade paranoide?
o núcleo da estrutura paranoide envolve uma profunda desconfiança em relação ao outro, inclusive ao analista. O sujeito tende a interpretar o mundo como hostil, projetando fora de si conteúdos que não consegue tolerar internamente — como a própria agressividade, inveja ou sentimentos de vulnerabilidade. O tratamento na corrente psicanalista segue os mesmos princípios de qualquer outro tratamento nessa vertente e deve ser realizada por um especialista da área.

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Quando me perguntam isso, eu sempre gosto de lembrar que o cuidado com alguém que vive sob um olhar desconfiado e defensivo do mundo precisa ser antes de tudo respeitoso, gentil e muito paciente.

No meu trabalho, eu não utilizo técnicas diretivas ou confrontativas. A escuta é o primeiro passo — uma escuta que não julga e que sustenta o espaço da relação com firmeza e acolhimento.

Uso a abordagem sistêmica, a hipnose ericksoniana, práticas integrativas e, principalmente, uma escuta que considera a história familiar, os vínculos primários e os lugares ocupados dentro do sistema. Muitas vezes, essa estrutura de personalidade nasce como uma forma de defesa diante de vivências precoces de traição, rejeição ou invasão.

A partir do vínculo terapêutico, vamos trabalhando juntos a possibilidade de confiar, de se abrir para novas leituras da realidade e de sair aos poucos da lógica de vigilância constante.

É um processo que exige tempo, cuidado e presença. Não é sobre "mudar o outro", mas sobre oferecer novas possibilidades de experimentar o mundo de forma mais leve, com menos ameaça e mais verdade.


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 Paulo Cesar Francetto
Psicólogo, Psicanalista
Santo André
Olá. Em psicanálise nós analisamos a raiz do problema. Geralmente a pessoa com esse transtorno passou por algum histórico ou trauma de abandono, mas é preciso analisar o paciente, não há um caso como outro. Depois de descoberta a causa ressignificamos esse conteúdo junto com ele. Não é um processo rápido e é dolorido para o paciente, mas costuma ter ótimos resultados.
 Rosana Paula Silva Medeiros
Psicólogo, Psicanalista
Rio de Janeiro
As pessoas com TPP sofrem de paranoia, desconfiança irracional e suspeita excessiva de outras pessoas. Em geral, o distúrbio começa na adolescência e no início da fase adulta, mas pode ser observado, também, em crianças. É, ainda, mais frequente em homens do que em mulheres.

É importante acompanhamento com um psiquiatra em conjunto com a psicoterapia. As intervenções terapêuticas serão eficazes, e quanto maior for o acompanhamento psicológico e a prática regular de terapia melhor serão os resultados.
Espero ter ajudado.
O TPP exige escuta acolhedora, vínculo terapêutico sólido e intervenções que respeitem a desconfiança da pessoa. A psicoterapia, como a cognitivo comportamental, é o recurso indicado.

Dica para quem convive com alguém com TPP:
Seja claro, evite ambiguidades e respeite o espaço da pessoa, a confiança leva tempo. Evite confrontos diretos. Por exemplo: Em vez de dizer que ela está “exagerando”, explore gentilmente os sentimentos por trás da desconfiança. Estabelecer uma relação de confiança é essencial.
A Terapia também é para quem convive:
O acompanhamento psicológico ajuda não só quem tem o transtorno, mas também familiares ou parceiros(as), que muitas vezes se sentem frustrados ou perdidos diante de atitudes difíceis de compreender. A terapia ajuda a entender melhor esse universo e aprender formas mais saudáveis de se relacionar.
Olá!
O tratamento deve ser com psicoterapia e seria interessante fazer uma consulta para avaliação de um Psiquiatra.
Espero ter ajudado.

Olá. O tratamento do transtorno de personalidade paranoide pode ser bastante eficaz com a Terapia do Esquema, que busca compreender e transformar padrões emocionais rígidos, muitas vezes formados ainda na infância, como a desconfiança excessiva e o medo de ser ferido. Ao longo do processo terapêutico, construímos juntos um vínculo seguro e acolhedor, fundamental para que a pessoa possa ressignificar suas experiências e desenvolver formas mais saudáveis de se relacionar consigo mesma e com os outros. É um trabalho profundo, mas que pode trazer alívio e mais qualidade de vida.
A Terapia Cognitica Comportamental é padrão-ouro para TP.
Procure um psicólogo com especialização nessa área.
Fico à disposição para iniciar esse processo que de lidar com as dificuldades desse transtorno.
 Maria Eugênia Bartz
Psicólogo, Psicanalista
Guaíba
Tratar pessoas com Transtorno de Personalidade Paranoide requer sensibilidade, paciência e técnicas específicas. Veja alguns princípios fundamentais:

1. Estabeleça uma relação de confiança
Seja sempre coerente, claro e previsível.
Evite confrontos diretos ou julgamentos; a pessoa pode interpretar como ameaça.
Não force confidências — respeite o ritmo da construção de vínculo.


2. Mantenha comunicação objetiva
Use linguagem clara e sem ambiguidades.
Evite ironias, brincadeiras duvidosas ou expressões que possam gerar desconfiança.

3. Psicoterapia

Terapias de longo prazo são mais eficazes, pois o paciente precisa de tempo para confiar.
O objetivo não é “mudar a personalidade”, mas ajudar a pessoa a lidar com seus pensamentos e reações de maneira mais funcional.


4. Possível uso de medicação
Antipsicóticos em baixa dose ou ansiolíticos podem ser indicados em casos de ansiedade intensa ou ideias persecutórias acentuadas.
A prescrição sempre deve ser feita por um psiquiatra.

5. Ambiente familiar e social
Familiares e pessoas próximas devem ser orientadas a lidar com a hipersensibilidade à crítica e a tendência à interpretação distorcida das intenções alheias.

Promover um ambiente de estabilidade, segurança e previsibilidade é essencial.

Tratar o Transtorno de Personalidade Paranoide é desafiador, mas possível. O mais importante é manter uma abordagem respeitosa, paciente e fundamentada em vínculos consistentes.
 Vanessa Oliveira Martins
Psicólogo, Psicanalista
Londrina
Tratar pessoas com Transtorno de Personalidade Paranoide (TPP) exige paciência, empatia e consistência, pois elas tendem a interpretar mal as intenções dos outros e manter uma desconfiança constante, até mesmo com pessoas próximas. O mais importante é manter uma comunicação clara, objetiva e respeitosa. Frases ambíguas ou brincadeiras podem ser mal interpretadas como críticas ou ameaças, por isso é essencial ser direto, mas gentil.
Evitar confrontos e discussões é fundamental, já que tentar “provar” que a pessoa está errada pode aumentar sua resistência ou sensação de perseguição. Em vez disso, é mais eficaz ouvir com atenção e buscar compreender como ela está se sentindo, sem invalidar suas emoções. Demonstrar coerência no comportamento, ser previsível e manter uma postura estável também ajuda a criar uma sensação de segurança, algo essencial para que a pessoa possa confiar.
É importante respeitar o espaço da pessoa com TPP e não pressioná-la para se abrir ou mudar rapidamente, pois isso pode gerar mais desconfiança ou reações negativas. Quando possível, deve-se estimular de forma cuidadosa o acompanhamento com psicólogo ou psiquiatra. A psicoterapia pode ser muito eficaz para ajudar a pessoa a reconhecer padrões de pensamento distorcidos e desenvolver estratégias para lidar melhor com as situações. Em casos mais intensos, o uso de medicação pode ser indicado para controlar sintomas como ansiedade, irritabilidade ou pensamentos paranoides, sempre com orientação médica.
Embora a construção de vínculo com alguém com TPP leve tempo, uma abordagem cuidadosa, estável e empática pode fazer diferença significativa no bem-estar da pessoa e na qualidade das relações ao redor dela.
Boa noite,
Tratamento com psicoterapia na abordagem terapia comportamental cognitiva.
Medicamentos
Apoio familiar
O tratamento é realizado com psicoterapia, especialmente pela TCC, que ajudam o paciente a questionar seus pensamentos persecutórios e melhorar a convivência social.
Em alguns casos, faz se necessário o uso de medicação antipsicótica ou ansiolíticos para aliviar os sintomas associados
 Gisele Rodrigues
Psicólogo
Florianópolis
Olá. O tratamento é multiprofissional e individualizado para cada pessoa, podendo envolver medicação e psicoterapia, por exemplo. Abraço.
 Ana Paula Ribeiro
Psicólogo
Poços de Caldas
Olá, bom dia, tudo bem?
Se você convive com o Transtorno de Personalidade Paranoide (TPP), é natural que sinta desconfiança frequente das pessoas, mesmo quando não há motivos claros para isso. Pode parecer que os outros estão sempre tentando enganar, criticar ou prejudicar você de alguma forma, o que pode causar muito sofrimento e dificultar os relacionamentos. Mas é importante saber que existe tratamento e que, com apoio psicológico, é possível viver com mais leveza e segurança.
Na terapia cognitivo comportamental, o primeiro passo é construir uma relação de confiança com o terapeuta. Esse vínculo é criado com cuidado, respeito e no seu tempo. A partir disso, você começa a entender como seus pensamentos funcionam — especialmente aqueles que fazem você se sentir ameaçado ou desconfiado o tempo todo. O objetivo não é dizer que você está "errado", mas ajudar a perceber quando esses pensamentos estão exagerando os riscos ou distorcendo situações.
Com o tempo, você pode aprender a interpretar melhor o comportamento das pessoas, o que reduz a sensação constante de ameaça e ajuda a melhorar seus relacionamentos. A terapia também trabalha o desenvolvimento de habilidades sociais e o cuidado com emoções como medo, raiva e tristeza, que muitas vezes estão por trás da desconfiança.
Em alguns casos, pode ser indicado o acompanhamento com um psiquiatra. Medicamentos podem ajudar a aliviar o sofrimento, mas sempre devem ser usados junto com a psicoterapia.
Lidar com o TPP é um processo que exige paciência e persistência, mas buscar ajuda já é um passo importante.
O tratamento de pessoas com Transtorno de Personalidade Paranoide (TPP) deve ser feito com muito cuidado, respeitando sua desconfiança central e dificuldade de confiar nos outros — inclusive no terapeuta. A abordagem deve ser baseada na psicoterapia individual, com foco no estabelecimento de vínculo terapêutico gradual, sem confrontos diretos ou interpretações apressadas.

Abordagens como a Terapia Cognitivo-Comportamental ou Terapia do Esquema podem ajudar a identificar distorções cognitivas, como a tendência à suspeita e à atribuição de intenção negativa aos outros.

A avaliação neuropsicológica também pode ser indicada para mapear o funcionamento cognitivo e afetivo, especialmente em casos de comorbidades com ansiedade, depressão ou traços obsessivos.

A medicação, sob cuidado psiquiátrico, pode ser útil quando há sintomas associados como ansiedade intensa ou agressividade, mas não trata diretamente a personalidade, e sim sintomas adjacentes. O mais importante é criar um ambiente de segurança e respeito, favorecendo a adesão ao processo terapêutico com realismo e paciência.
 Aurilene Recco Silva
Psicólogo
Dourados
O transtorno de personalidade paranoide é caracterizado por uma desconfiança persistente em relação aos outros, muitas vezes levando à interpretação de comportamentos alheios como ameaças, mesmo quando não há razão para isso. Na Gestalt Terapia, procuramos entender como essas percepções distorcidas se formaram, explorando as experiências passadas da pessoa e como ela vive essas crenças no presente, na interação com o ambiente e com os outros.

Trabalhar com esse transtorno envolve criar um espaço seguro, onde a pessoa possa explorar sua desconfiança e as emoções que a sustentam, sem ser julgada ou pressionada. A Gestalt Terapia busca aumentar a conscientização sobre como esses padrões de pensamento afetam as relações e a percepção de si mesma, promovendo a autocompreensão e a aceitação das próprias vulnerabilidades.

Ao longo do processo terapêutico, a ênfase está na experiência imediata da pessoa, em como ela se sente e reage nas situações cotidianas, o que pode ajudar a reduzir a rigidez das crenças paranoides. Uma abordagem de aceitação e compreensão das suas emoções e reações é fundamental.

Se você está passando por situações que envolvem desconfiança excessiva, sentimentos de ameaças constantes ou dificuldades em confiar nas pessoas ao seu redor, é fundamental buscar o apoio de um psicoterapeuta especializado, que possa ajudá-lo a entender essas dinâmicas de maneira segura e construtiva. A psicoterapia é um passo importante para promover a saúde mental e o bem-estar emocional. Ou, se conhecer alguém que esteja passando por isso, oriente a buscar ajuda profissional para que possa viver de forma mais equilibrada e saudável.
Olá,
- Existem vários caminhos, um deles pode seguir essa regra: (1) Estabilizar a pessoa para que ela consiga fazer as tarefas diárias; (2) Criar novos repertórios para que a pessoa consiga ampliar seu ciclo social, sua carreira e seus relacionamentos afetivos; (3) para então se aprofundar mais no diagnóstico e fazer o máximo possível de remissão dos sintomas.
Qualquer dúvida, nos pergunte novamente.
Abraços
O tratamento para transtorno de personalidade paranoide geralmente envolve terapia cognitivo-comportamental (TCC) e, em alguns casos, medicamentos, como antidepressivos ou antipsicóticos, para controlar sintomas específicos. O foco da TCC é ajudar o paciente a identificar e mudar padrões de pensamento e comportamento disfuncionais, como desconfiança e suspeita excessivas. A relação terapêutica é fundamental, pois o paciente com TPP pode ter dificuldade em confiar em profissionais de saúde.
Ola boa noite tudo bem? tratamento de pessoas com transtorno de personalidade paranoide (TPP) geralmente envolve terapia, especialmente terapia cognitivo-comportamental (TCC), e, em alguns casos, medicamentos. A TCC ajuda a identificar e mudar pensamentos e comportamentos disfuncionais relacionados à desconfiança e suspeita. O tratamento também busca melhorar a capacidade de socialização e a confiança em outras pessoas.
 Renata Santoro
Psicólogo, Psicanalista
Taubaté
Olá!

O tratamento de alguém com traços paranoides exige um olhar atento e respeitoso à forma como essa pessoa aprendeu a se proteger do mundo. A desconfiança constante, a dificuldade de confiar, o receio de ser enganado ou traído não surgem do nada. Geralmente, são modos que a psique encontrou de lidar com experiências que, em algum momento da vida, foram vividas como ameaçadoras, invasivas ou desestabilizadoras.

Nesses casos, é comum que o sujeito projete no outro intenções negativas ou hostis. É como se o perigo estivesse sempre fora, nos olhares, nas palavras, nas entrelinhas. Isso torna o vínculo difícil, porque qualquer aproximação pode ser sentida como uma possível ameaça. Mas, ao mesmo tempo, existe ali um sofrimento silencioso — um desejo de confiar e de se vincular, que está encoberto por tantas defesas.

O trabalho terapêutico precisa criar um espaço de escuta onde a pessoa se sinta segura o suficiente para não precisar se defender o tempo todo. E isso não acontece por explicações, mas pela construção de um vínculo que respeita o ritmo do outro, sem confrontos nem imposições.

Com escuta qualificada, presença e seriedade no processo, é possível que essa rigidez vá se flexibilizando e que o sujeito comece a se relacionar com o mundo de forma menos defensiva e mais conectada consigo mesmo.

Espero ter contribuído de alguma forma.

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