Como sabemos se as ações de uma pessoa são resultado do transtorno ou se ela pode estar se aproveitando

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Como sabemos se as ações de uma pessoa são resultado do transtorno ou se ela pode estar se aproveitando da situação?
Em terapia, importante que se avalie a personalidade, se é forte, por exemplo, talvez fique mais difícil o convívio. No funcionamento maniaco muitas vezes as atitudes podem causar estranhamento para quem esta próximo pois apresentam-se muitas vezes mais agressivas, intolerantes, resistentes; nestes momentos o convívio pode ficar difícil. É mais fácil quando entra no ciclo depressivo pois a pessoa não mobiliza tanto o meio.Porem tambem tem as consequências da desmotivação, prostracao e outros sintomas associados. Pode ser confundido também, como sendo uma pessoa manipuladora. O ambiente terapêutico pode avaliar e diferenciar estes aspectos, integrando com os resultados do acompanhamento médico.

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O comportamento bipolar é difícil de se viver para a pessoa mesma. Ela sabe disso. Ela procura ajuda nos relacionamentos humanos do jeito que ela pode e entende. Pela maneira diferente de ser dela, ela não tem o mesmo acesso aos sentimentos d@s outr@s, pois ela não se sente levado em conta pel@s outr@s, desde a infância, não se sente aconchegada. Os sentimentos dessa pessoa são mais defensivos e ela aceita só que não a machuque. Você a percebe como manipuladora pois ela não consegue atender aos seus sentimentos.

A tarefa de quem convive com uma pessoa assim é grande. Não pense que você vai mudá-la, a não ser por conseguir aliviar o sofrimento dela. Não abra mão das suas expectativas com respeito ao atendimento dos seus sentimentos, mas as comunique claramente, para a outra pessoa ter mais chance de entender . Aquente quando não forem atendidas.

Para se fortalecer, você pode trabalhar com um@ psicoterapeuta humanista ou psicanalista.
O cuidado com uma pessoa com transtorno bipolar não pode ser nem excessivo nem muito limitado. Fora da crise, a pessoa deve ter incentivo da familia para ter uma vida normal, com deveres e responsabilidades.
Qualquer doença pode levar o paciente a sentir o benefício secundário da doença através de mimos e superproteção de quem cuida , sendo pejudicial `a pessoa por infantilizar e criar uma excessiva dependencia.
Compreendo a sua pergunta em dois níveis: o consciente e o inconsciente. Quando você sugere a possibilidade de a pessoa estar se beneficiando da situação, dá a entender que seria algo premeditado e, portanto, consciente. Já quando se refere ao transtorno, parece sugerir que as ações seriam da ordem do inconsciente. Penso que é importante ressaltar que os sintomas sejam eles psicóticos ou neuróticos são da ordem do inconsciente, ou seja, algo que se mostra a revelia da intenção. No entanto, é importante sublinhar que isso não exime a pessoa da responsabilidade de suas ações. E neste caso também não estou falando em culpa. No âmbito da culpa geralmente se espera uma penalização, já no âmbito da responsabilidade é possível, por meio da implicação subjetiva, operar transformações no modo pelo qual a pessoa se coloca e atua.
No transtorno bipolar como qualquer outra doença mental, as pessoas as vezes manifestam um ganho secundário como já foi dito pela colega acima, o que é necessário observar é ate que ponto esta ganho esta relacionado com o transtorno, ou não, pois muitas vezes a pessoa pode estar de alguma maneira querendo chamar a atenção para algo que não consegue manifestar de outra forma, a não ser mesmo que sem estar na crise, emitindo os mesmos comportamentos que se ainda estivesse. Não deixa de precisar de atenção é observação. Mas se esta tendo dificuldades, o importante também é buscar uma ajuda, pois as pessoas próximas de pacientes com transtornos também estão em sofrimento, e muitas vezes não conseguem enfrentar sozinhos.
Quero reforçar a resposta dada pelo colega acima. A tarefa de quem cuida e convive com um bipolar pode ser bem pesada, porém não será de ajuda passar a classificar seu comportamento como manipulador ou aproveitador. É preciso equilíbrio, tanto para que a pessoa possa dar passos na autorresponsabilidade e autocuidado, quanto para que o cuidador/quem convive com ela, possa respirar e viver a própria vida, sem se sentir soterrado. É preciso também empatia e consciência de que a pessoa diagnosticada não tem acesso aos sentimentos e reações emocionais da mesma maneira de quem não possui esse diagnóstico. Além disso, é preciso clareza, para conseguir estabelecer os seus limites, como cuidador/quem convive, e assim saber comunicar da melhor forma possível. Muitas vezes quem convive e cuida de pessoas bipolares ou com outros tipos de transtornos também precisam de apoio e acompanhamento terapêutico, para conseguir entender e lidar melhor, sem sobrecarga. Tente perceber se não é seu caso. Até!

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