como psicólogo sabe que o paciente está pronto para deixar a terapia?

17 respostas
como psicólogo sabe que o paciente está pronto para deixar a terapia?
Olá, a alta na psicologia é algo muito subjetivo, variando entre as diferentes abordagens. Falando pela abordagem da Gestalt, o objetivo da terapia é que o paciente consiga em algum momento "caminhar pelas próprias pernas", ou seja, passe do suporte ambiental (psicólogo) para o autossuporte. Quando o psicólogo percebe que o paciente já tem esse suporte próprio e que as suas demandas estão cada vez menos intensas e frequentes, talvez esse seja o momento de deixar a terapia.

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A alta é algo relativo. O paciente pode perceber que suas demandas urgentes foram esvaziadas e resolvidas e sentir que consegue dar conta da sua própria vida sem a frequência das sessões. Pessoalmente eu não gosto de dar alta, pois entendo que o paciente pode fazer esta autoavaliação e se perceber diante das situações que antes o perturbavam mas agora não mais.
De forma geral, quando o cliente consegue compreender as variáveis que levaram a buscar atendimento e além de discriminar, consegue se comportar por conta própria para alterar/mudar seu contexto e obter sucesso frente a isso. Nesse momento a pessoa está apta a receber alta.
Boa noite
Veja abaixo um reflexão sobre sua pergunta:

Como os pacientes partem
Partem quando se sentem um pouco melhor e na maioria das vezes sem avisar o terapeuta ou avisando fora da sessão, sem darem chance de serem escutados sobre os motivos da desistência
Partem porque não gostaram da abordagem teórica do terapeuta, porque gostariam de algo mais diretivo ou, minoria, porque queriam algo menos diretivo
Partem depois de terem encontrado algumas respostas, mas sem que o terapeuta concorde que já seja o momento de encerrar a terapia
Partem por não conseguirem bancar financeiramente o processo (o terapeuta pode negociar novo valor para garantir a continuidade)
Partem por não conseguirem bancar emocionalmente o processo
Partem porque não sentiram que o terapeuta conseguiria ajudá-los mais (e acabam iniciando terapia com outro profissional)
Partem porque o terapeuta os dispensa, pois percebeu que se dariam melhor com outra abordagem teórica e os encaminha para outro profissional
Partem em função da aposentadoria ou da morte do terapeuta
Partem quando realmente terminam o processo terapêutico, o que seria o ideal e bem raro de acontecer. Nesse caso, a terapia pode ter durado meses ou até mesmo anos e os benefícios são duradouros
(existem muitos outros motivos para partirem...)
Acredito que é algo muito subjetivo e essa alta na verdade, é construída junto com o paciente. A ideia do processo terapêutico é que o paciente se auto gerencie de forma plena dentro de sua realidade, quando se atinge esse, teoricamente é a hora de receber a alta.
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A Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) trabalha de forma a psicoeducar a pessoa a respeito do seu funcionamento, aprendendo algumas técnicas e estratégias. Da pra se dizer, de modo geral, que um dos objetivos da TCC é fazer do paciente seu próprio terapeuta. Quando os objetivos da terapia são alcançados, não há novos objetivos a serem trabalhados e a pessoa já está apta a lidar com seu funcionamento e questões que possam surgir, pode ser conversado a respeito da alta. O ideal é inicialmente espaçar as sessões.
Oi! O psicólogo não sabe. Acredito que a percepção de ainda precisar (ou não) da psicoterapia faz parte do processo de cada paciente. Faz parte de sua autonomia, em relação aos seus próprios assuntos, o que é um dos objetivos da psicoterapia. O paciente pode interromper a terapia quando quiser, seja qual for o motivo. Logo, se o paciente perceber que já encontrou o que veio buscar na terapia, e sinalizar o fim do processo, esta decisão cabe a ele. O psicólogo pode pontuar e tecer considerações com seu olhar profissional, mas não creio que seja ele que decida o momento do fim da terapia.
Olá,
Respondendo bem objetivamente a sua pergunta "como psicólogo sabe que o paciente está pronto para deixar a terapia"?
Eu lhe digo o seguinte:
Recomendo que o paciente começe a terapia com uma sessão semanal. Quando já está se sentindo melhor já partimos para uma sessão quinzenal. Depois que ele consegue caminhar melhor sessão mensal e depois a alta.
Mas .... tudo é bem relativo. Conforme relatado pelos colegas, são muitos os motivos pelas quais os próprios pacientes se "dão alta", isto é um fato infelizmente. Muitos pacientes preferem ficar trocando e querendo avaliar os psicólogos ao invez de procurarem se tratar.
Bom, a convesa seria longa, porém qualquer dúvida fico à disposição para um papo mais alongado. Trabalho com a abordagem TCC e amo o que faço. Um abraço!
O paciente estará "pronto" para deixar a terapia quando atingir algumas metas (ou resultados) e objetivos traçados no início ou no decorrer da psicoterapia. Normalmente, dependendo da demanda apresentada, o paciente conseguiu, com o auxílio da psicoterapia, obter mais autoconhecimento, a cura de alguns sintomas, desenvolveu recursos para lidar com seus problemas, melhorou autoestima, modificou comportamento etc. Carl Gustav Jung, um importante psicanalista, escreveu: "O principal objetivo da terapia não é transportar o paciente para um impossível estado de felicidade, mas sim ajudá-lo a adquirir firmeza diante do sofrimento. A vida acontece num equilíbrio entre a alegria e a dor." Então, muitos pacientes vão conseguir compreender isso e estarão aptos a "seguir em frente", pois se tornaram resilientes. Há quem defenda que nunca estará pronto, mas isso não significa que o paciente não deva receber alta.
Olá! Cada processo terapêutico é único mas essa avaliação costuma ser feita através do próprio relato do paciente. Quando os objetivos inicialmente propostos na psicoterapia são atingidos e o paciente deixa de trazer novas demandas para as sessões, pois o seu problema já não lhe incomoda mais ou se sente capaz de lidar sozinho com as próprias dificuldades, a possibilidade de alta é levantada. O encerramento costuma ser feito de maneira gradual. As sessões são espaçadas até o paciente receber a alta. Cuide-se bem!
Quando os objetivos iniciais são atingidos, quando há uma sensação de "esvaziamento" na sessão, quando há estabilidade no humor, quando as queixas gerais diminuem, quando o paciente consegue compreender por si mesmo a origem e a solução para os problemas, entre outros.
Não existe receita pronta, em geral, são estabelecidos objetivos inicias, quando estes foram atingidos e o paciente não renova a sua demanda, pode ser que esteja pronto para ter alta, porém, em meu trabalho, costumo fazer esse processo de alta de maneira gradativa.
Olá, tudo bem? Isso é algo que pode variar muito de linha teórica do psicólogo, bem como a avaliação da situação que o paciente se encontrava quando chegou na psicoterapia no primeiro momento para como está atualmente, além de claro analisar como eram suas queixas, se estas foram trabalhadas da melhor forma possível, se há outras queixas que podem afetar este sujeito e gostaria de trabalha-las. Mas o feedback do próprio paciente no decorrer das sessões é algo crucial para ver como está o desenvolvimento e manutenção do que é trabalho na psicoterapia, dando uma espécie de norte para ver se uma "alta" está próxima ou distante. Se caso quiser e se sentir à vontade, pode entrar em contato comigo para tirar alguma dúvida ou mesmo já marcar um primeiro atendimento.
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Oie! Sigo um caminho onde a terapia dura o tempo que fizer sentido para cada um... Em caso de alta observada por mim, converso e exponho os pontos que me levam para esse caminho, checo se faz sentido. Quando o cliente por algum motivo decide interromper, mas percebo que ainda existem pontos a serem cuidados, informo que não estou dando alta e que pode ser importante a continuidade, ou em outra configuração, mais espaçada (se couber no acompanhamento) ou um outro profissional.
Olá! Acredito que cada profissional irá avaliar a alta de maneira particular e de acordo com a abordagem terapêutica utilizada. Uma das formas que utilizo para conduzir a questão da alta é avaliar se o cliente possui recursos para lidar com os desafios da vida, além de observar o autosuporte desenvolvido. Quando o psicólogo percebe que o paciente desenvolveu seus próprios recursos e suporte ao longo do processo terapêutico, é o momento que a alta de tornar uma possibilidade e o paciente pode caminhar sozinho sem ajuda do profissional.
A alta terapêutica deve ser trabalhada junto ao paciente, entendendo que o mesmo esteja resignificando as suas demandas e em constante evolução do seu processo de auto conhecimento, podemos iniciar reduzindo a frequência das sessões e mantendo a atenção sobre como o paciente irá se sentir.
Muito boa pergunta!
Dentro do processo terapêutico há a principal queixa do paciente. Essa, geralmente, está vinculada a dinâmica relacional do paciente que infere alto grau de sofrimento a ele. Logo, tem prejuízos em diversos aspectos de sua vida. A alta vem a partir da percepção do terapeuta e do paciente que o principal problema (queixa) não está causando mais prejuízo aos diversos aspectos da vida do próprio. No meu trabalho, quando reparo tal situação, questiono o paciente sobre a alta. Colocando o que tenho observado de sua melhora e se faz sentido para ele, também, a alta. Prezo por essa construção de cuidado em saúde corresponsável.

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