Como funciona a sessão de psicoterapia existencialista sartreana (me interesso exatamente por essa l

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Como funciona a sessão de psicoterapia existencialista sartreana (me interesso exatamente por essa linha) e a gestalt? Tem livre associação? A pessoa fala o que quiser e o psicoterapeuta mais ouve ou fica falando? Acredita em inconsciente?
Olá! A Gestalt-Terapia é a minha abordagem de trabalho dentro da Psicologia e ela tem como característica a valorização do potencial de saúde e dos recursos internos do cliente, o olhar ampliado para o contexto e as inter-relações e, ao mesmo tempo, o foco no mundo interno da pessoa - seus sentimentos, sensações e pensamentos - promovendo um trabalho emocional profundo, integrativo e transformador. A Gestalt-terapia não trabalha com o conceito de “inconsciente” da psicanálise e, sim, trata como apenas algo que ainda não está consciente no momento. A metodologia não é a “associação livre” (falar o que vier à cabeça, da psicanálise), e sim a dialógica (através do diálogo eu-tu). A pessoa fala o assunto que quiser e vamos tecendo juntos um diálogo e realizando um trabalho emocional. Espero ter te ajudado! Bjs
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Olá. Tanto a Gestalt-terapia quando a terapia humanista (ou ACP) usam o Existencialismo de Sartre, qual uma de um jeito.A Terapia Humanista Existencial (que inclui a teoria existencialista de sartre) trabalha enxergando o homem como um "eterno vir a ser", ou seja, um ser com total capaciadade de mudança e de adaptação ao ambiente ao qual vive, e às crenças que desenvolve ao longo de sua vida. A terapia age na aceitação incondicional, dando a pessoa a possibilidade de se aceitar e de ter livre escolha sobre suas ações. Não há livre associação como na psicanálise, mas a pessoa tem total liberdade para ser, falar, sentir e se descobrir como protagonista de sua própria história. O psicólogo atua como um facilitador; ele pode falar ou ouvir, mas com certeza irá interagir com a pessoa de alguma forma. Na Gestalt-terapia, o foco é a consciência (o que também ocorre na terapia humansta). Busca-se que a pessoa amplie a consciencia de si e do mundo, pois o ser humano não é separado de suas relações. Logo, a terapia se dá na relação terapeuta-cliente, sendo a experiência mais importante que o conceito para haver uma integração maior da pessoa consigo mesma, e com os outros. Espero que ajude.
Toda psicoterapia dá liberdade ao paciente de falar suas questões, não havendo uma censura prévia sobre assuntos. Acho que mais importante do que a linha teórica é a sua identificação com o profissional e a competência dele. Isso passa pela formação, mas não apenas. Sensibilidade, capacidade de escuta, experiência, etc. são fatores determinantes. Mas respondendo sua pergunta, associação livre e inconsciente são conceitos mais associados à teoria psicanalítica.
Olá!
A gestalt e também na abordagem do Psicodrama trabalha com a fenomenologia e as sessões são bem interativas. No psicodrama há ação durante as sessões.
A psicoterapia existencial trabalha com pressupostos de responsabilidade e liberdade, para Sartre o termo inconsciente é uma atitude de má-fé, que seria uma "desculpa" que o homem utiliza para não se responsabilizar por suas escolhas diante da vida. Em psicoterapia é valorizada a ampliação de consciência, conhecimento dos afetos e sentimentos do paciente. A relação terapêutica é valorizada para o processo acontecer, o terapeuta faz pontuações durante as sessões.
Um dos pilares da Gestalt-terapia é a fenomenologia, logo, nos interessa o fenômeno. Quando você faz psicoterapia, você basicamente está permitindo o psicólogo entrar na sua vida para compreender como você vive os fatos da sua história.

Inconsciente e associação livre são conceitos da psicanálise. No entanto, em qualquer processo de psicoterapia ou análise, é seu direito falar o que você quiser, entenda que é seu espaço.

Sobre as linhas teóricas, as pessoas podem gostar do discurso do inconsciente e não reparar nada disso na sessão. As pessoas podem querer um direcionamento específico e a psicóloga ir por um caminho de intervenção diferente, pois, linha teórica é só uma teoria que, sozinha, não dá conta de tudo que você cliente traz. Daí, a importância de considerar a sua identificação com o profissional, a sua identificação com a forma que o mesmo conduz a sessão, e a atitude e escuta empática e respeitosa desse terapeuta, visando um atendimento ético e de qualidade.
Boa noite! sua pergunta é bem interessante, afinal é importante entender um pouco da abordagem que você busca para iniciar sua psicoterapia. Concordo com cada escrita dos colegas e indiferente da abordagem que trata de uma fundamentação teórica para o tratamento que o profissional aplicará, é essencial sua identificação com esse profissional e o seu comprometimento durante todo o processo terapêutico. Abçs!
Olá!
Independente da abordagem, todas irão trabalhar os processos psicologicos que podem estar te causando angustia, ansiedade e etc etc.
Mas pela sua fala, acho que profissionais que tenham sua base de atuação a psicanalise possa chegar mais perto com o que você se identifique, caso seja essa sua dúvida.
A pessoa é vista como um ser que a partir de suas interrelações vai se moldando no meio, favorável ou não. A Gestalt trabalha esses vínculos delineando o ser orientando para o entendimento de si, seus significados, crenças e representatividades. Terapêutica -mente o paciente vai a partir do entendimento de si, sendindo-se fortificado para buscar suas respostas, caminhos, decisões. Saliento que independente da técnica, o que importa é que o paciente se sinta bem e identificado com a abordagem de seu tratamento, pois todas linhas de tratamento são terapêuticas.
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Olá, bom dia! Eu trabalho com a Gestalt Terapia. O cliente vai falando e o terapeuta vai fazendo perguntas e intervenções que façam com que ele mesmo chegue a conclusão do que é melhor para ele e vá refletindo em cima disso . Não tem associação livre.

A Gestalt ressalta a consciência do aqui e agora, trabalhando o passado e o futuro quando esses estão influenciando o presente. É focada na experiência concreta do sujeito, englobando a sua totalidade: mente, corpo, sensações, emoções, sentimentos, pensamentos, fantasias, sonhos e tudo que estiver presente naquele momento, tudo que constituir o campo de experiência do sujeito único, com seus valores e significados.


​Além disso, entende-se o ser como um todo, integrando as partes conhecidas e desconhecidas, mesmo que essas estejam ocultas ou sendo negadas. Dessa forma, a terapia é capaz de torná-lo mais consciente a respeito de si mesmo, aceitando o todo que forma sua essência.


​Sendo assim, no trabalho psicoterapêutico, busca-se uma ampliação da consciência do indivíduo sobre seu próprio funcionamento. Procura se uma “awareness” (consciência) sobre como o cliente funciona, como se interrompe no seu processo de contato consigo mesmo e com o ambiente. Também procura encontrar seu próprio equilíbrio e plenitude, já que só assim é possível tomar decisões e escolhas que atendam suas reais necessidades.


​Assim, a Gestalt-Terapia desenvolve no cliente o auto-apoio, auto-aceitação, auto-valorização e auto-confiança, ensinando-o a confiar em seus próprios recursos e utilizá-los de maneira correta. Fazendo com que, por conseguinte, o cliente estabeleça uma relação mais saudável e construtiva com ele mesmo e com as pessoas que o cercam.
Olá, a Gestalt-Terapia é a terapia do contato.
São usadas varias técnicas terapêuticas para ajudar o cliente a realizar um contato saudável consigo mesmo e com o mundo, mas a associação livre não é uma delas. Na Gestalt-terapia podemos trabalhar com a arte, figuras de linguagem (como o uso de metáforas), técnica da cadeira vazia, técnica da cadeira quente, entre outras. Se quiser saber mais sobre o assunto, me coloco a disposição para tirar outras dúvidas.
Olá! É importante ressaltar que não há uma psicoterapia existencialista Sartreana, e sim uma teoria existencial de Sartre, que pode ser utilizada na abordagem existencial humanista. Associação livre e inconsciente são conceitos da psicanálise. E quanto à gestalt, acredito que meus colegas já tenham esclarecido todo o necessário. Uma das minhas abordagens é psicanálise. Como você se interessou pelos conceitos dela, fico a disposição para maiores informações e possivelmente uma sessão.
Espero ter respondido sua pergunta.
Muitas vezes a empatia entre o paciente e psicóloga e o nível de qualidade do trabalho da profissional, pode ser mais relevante do que o tipo de abordagem. Conheço profissionais maravilhosos, em abordagens distintas, pense sobre isso. ;)
Faça um primeiro contato com alguns profissionais e avalie com quem você se sente mais confortável. Será este que neste momento de sua vida mais te ajudará! Apesar da abordagem, o olhar e a forma de se colocar no mundo de cada profissional, tem mais a ver com sua pessoa do que com a linha da psicologia que estudou. Minha experiência como paciente e como psicóloga comprova isso. Boa sorte em sua busca! ;)
Em Gestalt-terapia cada encontro é inédito. Esse fator é o que difere em muito das outras abordagens da psicologia e, na minha visão, o que deixa-a mais potente. Sobre o terapeuta falar mais ou menos, deixar o paciente falar livremente ou conduzir o encontro para algo mais objetivo: tudo depende do contexto e do momento em que o processo se desenrola. Falando da minha experiência clínica, não tenho como definir um formato específico de atendimento. A construção da forma da sessão passa pelo encontro dos meus afetos com os do paciente. Estabelecer uma formatação é ir contra a espontaneidade e criatividade (pilares centrais do entendimento de saúde na abordagem Gestáltica). O que lhe recomendo é que experimente terapias diferentes com pessoas diferentes até encontrar algo que faça sentido para você no atual momento.
A associação livre (talking cure), o silêncio, a escuta clinica em atenção flutante, são fundamentos da psicanálise cujos pressupostos teóricos se voltam para um substrato psíquico descoberto e nominado por Freud como Ics (inconsciente). A gestalt é dialógica, tecnicista e tem como objetivo principal a "awareness", a ampliação da consciência do sujeito diante da própria história, tem como pressuposto o "aqui e agora", a experiência presente, observando que nosso mecanismo mental não diferencia pensamentos do passado ou do futuro, não diferencia o que é real do que é imaginação. Todavia o mais importante será o vínculo que surgirá entre o sujeito e o profissional escolhido, independente da abordagem, essa aliança terapêutica tornará o processo mais leve e producente.
Bom dia. Muito obrigado pela pergunta! Então, a Gestalt-Terapia busca a compreensão do indivíduo em sua integralidade, dentro de cada lugar (contexto, campo) em que está inserido. A Gestalt-Terapia acredita que o ser humano é um ser criativo por natureza, e por esse motivo consegue adaptar-se ao meio em que está, pegando para si o que lhe faz sentido e jogando fora o que não faz.

A repetição de um tipo de comportamento que não atende as necessidades do indivíduo ou do meio que está inserido pode ser visto como algo disfuncional. Mas como saber ou entender o que é disfuncional? Bem, na terapia é possível que a pessoa olhe para seus comportamentos e para o meio de uma forma mais abrangente, mais acolhedora e mais amorosa, se dando conta do que é saudável ou não.

A Gestalt-Terapia não trabalha com o conceito de inconsciente. Trabalhamos com o conceito de awareness, que é basicamente a total atenção no que acontece com o indivíduo no aqui-e-agora em relação a sua sensorialidade (emoções, sensações, intuição, etc.)

Em relação às intervenções do terapeuta, cada terapeuta tem sua forma de trabalhar... Mas elas geralmente buscam o acolhimento, o autoconhecimento e a awareness do paciente. Isso tudo pode acontecer através de perguntas ao paciente, metáforas, encenações... Vai depender também da criatividade do terapeuta para criar situações em que o paciente consiga se dar conta do que está encoberto.

Espero ter ajudado. Forte abraço!
A psicoterapia de base fenomenológico-existencial busca compreender o indivíduo como singular e agente de sua história, sendo livre nas suas escolhas e responsável por elas. O processo psicoterapeutico envolve a relação cliente-psicoterapeuta, onde ambos estão implicados em desvelar os sentidos, as limitações, e as relações do cliente com os fatos de sua vida. Portanto, o processo requer paciência e dedicação. Quanto aos outros pontos da questão, acredito que os colegas acima esclareceram brilhantemente. Espero ter ajudado na elucidação de suas dúvidas, e torço para que encontre aquilo que busca.
Olá,
Além do que os colegas esclareceram, deixo uma reflexão: Quem busca tratamento quer ser ouvido na sua dor, dor de viver, dor dos acontecimentos, dor da sua posição subjetiva. A técnica d@ psicólog@ não poderá se sobrepor a isto, e esta é a ética mínima para realização do trabalho!
Importante é encontrar alguém que te ouça com respeito da tua fala e do teu tempo.
Olá, como vai?
Sou psicólogo de abordagem fenomenológico-existencial, com ênfase na terapia vivencial (sartreana).
Respondendo sua(s) pergunta(s) de forma objetiva: a psicoterapia existencial, em geral, deixa o paciente mais livre para falar o que quiser. Isso norteia a prática por acreditarmos na capacidade de desenvolvimento do paciente, bem como fomentar o desenvolvimento da autonomia frente a angústia das escolhas. Entretanto, o "deixar livre" não quer dizer associação livre. Essa técnica de associação livre é própria da psicanálise, e visa compreender o que o inconsciente pessoal do indivíduo permite "soltar" em meio a terapia. Nós, do existencialismo, não acreditamos na existência de um inconsciente. Ao menos um inconsciente como algo "que existe" e "tem vida própria" dentro de você. Para o existencialismo, não é necessário um inconsciente para explicar nossas ações. O inconsciente, para Sartre, é uma forma de ma-fé, conceito utilizado pelo filósofo francês atribuído a mentiras que contamos a nós mesmos (nem sempre de maneira intencional, e deliberada). Muitas vezes estamos com a consciência tão focada e restrita a certas relações, que não enxergamos a nós mesmos, de forma que acabamos escolhendo algo, e por ser uma escolha muitas vezes sem reflexão, parece que "não fomos nós que fizemos". Entretanto fizemos sim, e somos responsáveis por nossas escolhas e ações. Deste modo, na terapia existencial focamos em auxiliar a pessoa a ampliar sua consciência de si mesmo e do mundo com o qual se relaciona, de forma a auxilia-la naquilo que falei acima: liberdade e autonomia frente a própria vida. Agora, sobre o paciente ou o terapeuta falar mais, isso depende mais do terapeuta - e da relação estabelecida na clínica - do que da abordagem teórica. Espero ter contribuído com a resposta. Um abraço!
Ola, tudo bem? As abordagens existencialistas, como a Gestalt-terapia, por exemplo, tem por base o diálogo. Focada do desenvolvimento das potencialidades de cada um, ou seja, "o que você pode fazer com o que você tem?" Outro ponto importante da gestalt-terapia é o foco no presente, no momento atual, tendo como objetivo a construção do autoconhecimento e amadurecimento do individuo.
Os colegas já escreveram bastante sobre o assunto. Em sua pergunta não dá para saber se você busca apenas conhecimentos sobre as abordagens ou por ser um estudante de psicologia, ou ainda buscando um terapeuta. De qualquer forma foi bem explicado pelos especialistas destas abordagens. Eu trabalho com a TCC Terapia Cognitivo Comportamental então posso ser mais assertivo nesta abordagem. abraços.

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