Como é o tratamento de alguém com transtorno de personalidade anti-social? Os médicos podem recusar

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Como é o tratamento de alguém com transtorno de personalidade anti-social? Os médicos podem recusar atender esse tipo de paciente?
O transtorno de personalidade antissocial não tem tratamento, por enquanto. Já se tentaram altas doses de antidepressivos e outras alternativas como ocitocina, mas por enquanto não há resultados comprovados. A pessoa antissocial não tem empatia pelos outros e, assim, facilmente comete atos que prejudicam outras pessoas, sem sentir remorsos. A única abordagem possível para estes casos é procurar identificar quais comportamentos da pessoa acabam sendo prejudiciais para ela mesma - por exemplo, ser punido, ficar doente, perder relacionamentos com pessoas que o interessam. Mas, isto, na verdade, não muda a pessoa, somente a instrumentaliza a sobreviver melhor na sociedade. Trata-se de um diagnóstico muito grave, que deve ser feito com muito cuidado e se deve lembrar de que pode haver graus variados de traços antissociais. As pessoas com quadro verdadeiro de transtorno de personalidade antissocial devem ser distinguidas daquelas que têm comportamentos antissociais em função de contingências especiais. Assim, por exemplo, criminosos de guerra muitas vezes NÃO são antissociais, sendo capazes de demonstrar e sentir amor pelas pessoas, preocupar-se com elas e tudo o que uma pessoa normal faz mas, em circunstâncias de guerra, cometem crimes hediondos (estupros, torturas, assassinatos de crianças etc). Logicamente, se a pessoa tem transtorno de personalidade antissocial, a probabilidade de isto ocorrer é ainda maior. Sim, é permitido recusar-se a atender pessoas com transtorno antissocial de personalidade, mantidas as regras que comandam atendimento médico obrigatório: situações de emergência em circunstâncias nas quais não haja nenhum médico suficientemente próximo para fazer o atendimento em tempo hábil. Além disto, o atendimento médico só cabe em relação a problemas médicos que a pessoa possa ter (na área psiquiátrica, por exemplo, depressão maior, ou algum transtorno de ansiedade). Os traços de personalidade, por definição, não há como tratá-los e a abordagem, quando feita, é psicológica e não médica, no estado atual dos conhecimentos.

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