Como diagnosticar e tratar transtorno de pânico em cardiopatas, já que os sintomas são parecidos?
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Como diagnosticar e tratar transtorno de pânico em cardiopatas, já que os sintomas são parecidos?
Algumas doenças do coração podem produzir aceleração dos batimentos e sensações semelhantes à crise de pânico. No entanto as causas são bastante diversas. A crise de pânico é uma crise de angústia e tem fatores desencadeantes nas coisas que o sujeito pensa. O que acontece é que muitas vezes é difícil notar do que se trata, e costuma-se dizer que ela vem "do nada", mas ela tem causas subjetivas. Muitas vezes a angústia produz sensações que se unem com as dificuldades cardíacas do doente, piorando as sensações e produzindo confusões. Assim, o ideal é tratar cada coisa em seu lugar. O coração no cardiologista e o pânico no psicanalista, uma vez que ele é efetio direto de uma angústia de difícil localização.
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Prof. Fábio José Pereira da Silva
Psiquiatra, Especialista em medicina preventiva, Especialista em administração em saúde
São Paulo
Essa pergunta é muito complexa, pois existem muitas cardiopatias, com os mais diversos sintomas, e os mais diversos tratamentos. E isso influenciará na maneira de tratar o transtorno de pânico.
Por isso será necessário um acompanhamento conjunto entre médico cardiologista e médico psiquiatra.
Respeitosamente,
Por isso será necessário um acompanhamento conjunto entre médico cardiologista e médico psiquiatra.
Respeitosamente,
Transtorno de pânico é um surto abrupto de medo ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem quatro ou mais de 13 sintomas físicos e cognitivos (palpitação, sudorese, tremores ou abalos, sensação de falta de ar ou sufocamento, sensações de asfixia, dor ou desconforto torácico, náusea ou desconforto abdominal, sensação de tontura, calafrios ou ondas de calor, anestesia ou sensações de formigamento, sensações de irrealidade ou despersonalização, medo de perder o controle ou "enlouquecer", medo de morrer). o ataque de pânico parece vir do nada, como quando o indivíduo está relaxado ou emergindo do sono (ataque de pânico noturno). em contraste, os ataques de pânico esperados são ataques para os quais existe um indício ou desencadeante óbvio, como uma situação em que os ataques de pânico ocorrem geralmente. pode ou não ser acompanhada de Agorafobia, nas formas mais graves, pode levar os indivíduos a ficar completamente restrito à sua casa...(*Manual DSM5)
O Transtorno de Pânico seria um "medo de ter medo".
Acontece com pessoas que sofreram um episódio anterior e temem que a experiência se repita.
Este medo coloca a pessoa num estado de ansiedade antecipatória, do qual faz parte interpretar alterações fisiológicas inerentes à ansiedade (palpitações, sudorese, hiperventilação, entre outros) como indicativos de possibilidade de morte e/ou enlouquecimento.
Assim, ao perceber-se ansioso, a interpretação é a de uma tragédia iminente, o que, por sua vez, eleva os indícios fisiológicos, perpetuando o ciclo de forma ascendente em intensidade.
Uma das estratégias de tratamento é ajudar a pessoa a identificar as respostas características da ansiedade e, buscando evidências em sua própria experiência, ressignificar o modo como as interpreta.
Concordando com a Dra. Fernanda Borges e com o Dr. Fábio José Pereira, no caso da comorbidade com a cardiopatia, o tratamento deve ser em conjunto com o cardiologista.
Acontece com pessoas que sofreram um episódio anterior e temem que a experiência se repita.
Este medo coloca a pessoa num estado de ansiedade antecipatória, do qual faz parte interpretar alterações fisiológicas inerentes à ansiedade (palpitações, sudorese, hiperventilação, entre outros) como indicativos de possibilidade de morte e/ou enlouquecimento.
Assim, ao perceber-se ansioso, a interpretação é a de uma tragédia iminente, o que, por sua vez, eleva os indícios fisiológicos, perpetuando o ciclo de forma ascendente em intensidade.
Uma das estratégias de tratamento é ajudar a pessoa a identificar as respostas características da ansiedade e, buscando evidências em sua própria experiência, ressignificar o modo como as interpreta.
Concordando com a Dra. Fernanda Borges e com o Dr. Fábio José Pereira, no caso da comorbidade com a cardiopatia, o tratamento deve ser em conjunto com o cardiologista.
Concordo com a opinião do Dr. Fábio José. Todavia, é importante ressaltar a necessidade de o cliente ter a oportunidade de 'entrar em contato' com aquilo que o aflige, gerando angústia. Tenho verificado que muitas pessoas com transtorno de pânico e/ou de ansiedade vêm sendo medicada sistematicamente. É preciso observar que cada caso é único, porque somos pessoas individualizadas. O tratamento com medicamentos poderá ser muito eficaz no momento da crise, mas é importante permitir que a pessoa também possa se comprometer e fazer parte efetiva do seu tratamento através do 'investimento pessoal'.
Uma das prováveis causas do transtorno de pânico é um problema existente na vávula mitral. Seria aconselhável uma avaliação com um cardiologista para afastar esta probabilidade e uma avaliação psiquiátrica. Importante ressaltar que tanto um transtorno de pânico e uma cardiopatia podem coexistir em um mesmo indivídio sob a forma de comorbidade (existência de duas ou mais doenças em um mesmo paciente).
De fato, os sintomas do transtorno de pânico e das doenças cardiovasculares são parecidos. No entanto para se ter um diagnóstico preciso é necessária tanta a avaliação de um bom cardiologista, tanto quanto um psicólogo ou psiquiatra. Há inclusive casos, onde o próprio transtorno de pânico, por apresentar estes sintomas físicos, devido ao desequilíbrio da produção de neurotransmissores como noradrenalina, pode ocasionar o problema cardiovascular. Daí a necessidade da associação destes tratamentos, tanto quanto como o psicólogo para tratar os sintomas e o cardiologista para tratar o coração e em casos extremos também com o psiquiatra. Se você está apresentando estes sintomas, não tarde em procurar ambos os especialistas para obter sucesso no tratamento.
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