Como cuidar das crianças que se desenvolvem em tempos de grande relação entre redes sociais e saúde

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Como cuidar das crianças que se desenvolvem em tempos de grande relação entre redes sociais e saúde mental?
Olá, essa é uma questão de grande relevância. O uso excessivo de dispositivos eletrônicos como tablet, celular, vídeo game, gera uma série de consequências nocivas: sedentarismo, má postura e possivelmente problemas na coluna. Do ponto de vista psíquico e emocional, tem ocasionado problemas relacionados à atenção, ao interesse por assuntos mais complexos, além de gerar ansiedade seja por excesso de comparação, por necessidade de ser validado (likes), pelo desejo de fazer parte de comunidades (o que inclui grupos que estimulam ou ensinam meios de esconder maus tratos com o próprio corpo, o que pode envolver a bulimia, a anorexia, o cutting, dentre outros). A tecnologia é algo que faz parte da vida atual, não há como bani-la; no entanto, é de suma importância que os pais limitem os horários, que tenham acesso ao conteúdo que os filhos consomem (os celulares possuem dispositivos de controle) e que, principalmente, conversem com seus filhos sobre a vida, o cotidiano, os interesses, receios, dúvidas. É muito importante que crianças e adolescentes possam brincar, se exercitar, se relacionar com colegas e amigos na "vida real". No ritmo acelerado do trabalho, das exigências da vida adulta, os pais muitas vezes também acabam sucumbido ao prazer momentâneo do celular, o que acaba por invadir a vida familiar na hora das refeições ou num momento de lazer. Repensar o uso e a frequência destinado aos aparelhos eletrônicos passa a ser um desafio familiar de extrema importância quanto à garantia de tempo de qualidade e afetividade, quanto também à prevenção de sintomas relacionados à ansiedade, à dificuldade de lidar com a frustração e também à depressão.

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 Sara Pinto Carneiro
Psicólogo, Psicanalista
Piracicaba
Olá.

Diria para você que nesses tempos o grande instrumento para conseguirmos moderar a relação entre redes sociais e saúde mental é colocando limites.

A criança precisa de referencia do que ela pode ou não fazer e é isso que o limite mostra para ela.
Pense da seguinte forma, primeiro você coloca os limites por ela, depois você ensina a ela o pq dos limites para que finalmente ela consiga fazer isso quando maior.
Esse é um dos grandes papéis da parentalidade: quando elas não sabem fazer - a gente faz por elas.
Enquanto elas não sabem a gente ensina.
Quando elas aprendem a fazer elas adquirem autonomia e discernimento para fazer sozinho.

Espero ter te ajudado um pouquinho.
Abs
Cuidar das crianças em um mundo onde redes sociais e saúde mental estão profundamente conectadas exige um equilíbrio entre permitir a exploração digital e garantir um desenvolvimento emocional saudável.
• Defina horários para o uso das telas, especialmente antes de dormir.
• Incentive atividades offline, como leitura, esportes e momentos em família.
• Acompanhe o tipo de conteúdo que consomem e com quem interagem.
• Converse regularmente sobre o que veem e sentem ao usar redes sociais.
• Ajude a criança a entender que a vida nas redes sociais nem sempre reflete a realidade.
• Estimule um senso de identidade baseado em valores pessoais e não em validação externa.
• Faça com que se sintam seguras para falar sobre suas experiências online, sem medo de punição.
• Explique que emoções negativas são normais e que há formas saudáveis de lidar com elas.
Se as redes sociais começarem a impactar a saúde mental da criança, pode ser útil buscar a ajuda de um profissional, como um psicólogo infantil.
 Helio Martins
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Olá, tudo bem?

Criar crianças em um mundo cada vez mais digital é um desafio que exige equilíbrio e consciência sobre o impacto das redes sociais na saúde mental. O cérebro infantil e adolescente ainda está em desenvolvimento, especialmente nas áreas ligadas à regulação emocional e ao autocontrole, como o córtex pré-frontal. Isso significa que eles são mais vulneráveis ao estímulo constante das redes sociais, que ativam circuitos de recompensa de forma intensa, tornando o uso compulsivo uma possibilidade real.

Para promover um desenvolvimento saudável, alguns pontos são essenciais:

Educação digital consciente – Ensinar a criança desde cedo sobre o funcionamento das redes sociais e seus impactos pode ajudá-la a desenvolver um olhar mais crítico e menos vulnerável à comparação social. A ideia não é demonizar a tecnologia, mas sim incentivar um uso mais equilibrado e reflexivo.

Fronteiras saudáveis para o uso de telas – Estabelecer horários específicos para o uso de redes sociais e incentivar momentos de desconexão ajudam a evitar a dependência digital. O cérebro precisa de pausas para processar informações e estimular a criatividade fora das telas.

Valorização da experiência no mundo real – Crianças e adolescentes precisam de interações presenciais para desenvolver habilidades sociais e emocionais. Atividades como esportes, leitura, arte e brincadeiras ao ar livre são essenciais para equilibrar a exposição ao digital.

Atenção à saúde mental – O uso excessivo de redes sociais tem sido associado a um aumento nos níveis de ansiedade e depressão em crianças e adolescentes. Ficar atento a sinais como irritabilidade, insônia, baixa autoestima e isolamento pode ajudar a identificar quando o uso da tecnologia está se tornando prejudicial.

Exemplo dos adultos – Crianças aprendem pelo modelo. Se os pais ou responsáveis passam muito tempo no celular, será difícil convencê-las da importância de reduzir o uso. Mostrar um comportamento equilibrado em relação às redes sociais pode ser um dos melhores ensinamentos.

Diálogo aberto e sem julgamentos – Criar um espaço onde a criança ou adolescente se sinta seguro para falar sobre suas experiências online, desafios e inseguranças é fundamental. Muitas vezes, os jovens podem estar enfrentando pressões digitais sem saber como expressá-las.

A neurociência nos mostra que o cérebro responde ao ambiente que criamos para ele. Quanto mais oportunidades uma criança tem para desenvolver habilidades emocionais e sociais no mundo real, mais equilibrada será sua relação com o digital. Não se trata de evitar as redes sociais, mas de garantir que elas sejam apenas uma parte da vida – e não o centro dela.

Se precisar de mais orientação sobre esse tema, estou à disposição!
 Rute Rodrigues
Psicólogo, Psicanalista
Porto Alegre
Daria um livro te responder. Mas acho importante que a família preveja e insista em que a criança tenha mais atividades corporais, convivência com outras crianças em ambientes como parques, pátios, ar livre etc. que sejam hábitos a leitura, a contemplação, a atenção as conversas e o que cada um tem a dizer. Que os pais não deem atenção às telas nos horários de refeições, quando estão com os filhos. Enfim, a família precisa cultivar o hábito de se cultivar mais do que olhar para feeds, séries ou trabalhos sem fim. Isto pode ajudar as crianças a entender o que gostam, a criar, a desenvolver raciocínio crítico, a ter sensibilidade com os outros, a considerar o outro. Talvez isso tudo possa ajudar o contato com mundo virtual no futuro. Mas, não vamos esquecer que os aplicativos hoje estão programados para prender a atenção e gerar vícios, para crianças e adultos . Uma vida saudável precisa de equilíbrio. Os excessos precisam se avaliados sempre.
 Rodrigo Amorim de Souza
Psicólogo
São Bernardo do Campo
Não existe uma "receita de bolo" para esta questão. Os responsáveis pela criança devem procurar perceber como se dá o vínculo da criança com as redes sociais; além disso, se ela se relaciona com outros objetos (brinquedos, materiais gráficos, livros, colegas/amigos). A imposição de acordos (como horários para utilizar as redes sociais) pode ser um fator fundamental para a introdução da percepção do limite e como a criança pode se organizar, responsabilizar-se pelos seus acordos. Além disso, informa-la sobre determinados riscos que se possa encontrar na redes.
 Nicole Rodrigues
Psicólogo
Porto Alegre
Olá! No período em que vivemos é muito importante que o acesso à internet pela criança, de maneira geral, seja monitorado e limitado sempre. Atualmente, as crianças podem ter acesso rápido e extremamente facilitado a conteúdos inadequados e pessoas desconhecidas, especialmente através de redes sociais. Além disso, já temos estudos comprovando o tremendo prejuízo na atenção, concentração, sono, alimentação, aumento do estresse... todos relacionados ao uso de telas pelo público infantil.
Algumas estratégias como controle familiar e a definição de horários restritos para o uso de dispositivos são ferramentas úteis. Mas nunca esqueça de conversar com a sua criança e educá-la sobre os prejuízos e malefícios da internet, por mais que o uso seja prazeroso durante algum tempo. O equilíbrio é a chave!
Conheça mais sobre o meu trabalho: @psiconicolerod
 Nelson Alberto Martínez
Psicólogo
Balneário Camboriú
Existe uma influência das redes sociais sobre a saúde mental de uma pessoa, ainda mais numa criança; assim é possível cuidar das crianças estabelecendo horários para o uso e desativar notificações, pode ser uma boa forma de se desconectar e usar as redes sociais na forma equilibrada.
 Debora Zambrano
Psicólogo
Manaus
Olá! Tão Importante quanto buscar ajuda psicológica é incentivar seu filho (a) a desenvolver rotinas saudáveis em que você participa do processo, inclusive na construção das atividades que serão combinadas previamente. Obs. Uma sugestão: criar rotinas com material do seu uso doméstico como papelão, foto de atividades diárias ..
 Marisa Perini
Psicólogo
Caxias Do Sul
De fato é um tanto insustentável evitar esse contato com as redes sociais, mesmo que não queiram, não comprem aparelhos, as crianças vão ver os pais usando, colegas na escola e assim a curiosidade já é despertada. Mas é possível e se deve tentar aplicar um acesso reduzido. Até que são crianças é um pouco mais fácil controlar por exemplo horários e conteúdos a serem acessados, se esse cuidado é realizado desde sempre, virá um hábito, algo natural e é mais provável que o futuro adolescente e adulto não venha a ter problemas com as redes. Mas para conseguir colocar isso em prática é importante lembrar que o exemplo é tudo, o que acaba sendo muito positivo para família e cria tempo de qualidade, onde se há de fato conversas, brincadeiras e fortalecimento de vínculos.
Cuidar das crianças em tempos de grande relação entre redes sociais e saúde mental envolve impor limites claros sobre o uso desses recursos. O ideal é que essa exposição não ocorra ou seja mínima possível, especialmente nos primeiros anos de vida. Os responsáveis devem ter muito cuidado com o que as crianças consomem, o tempo que passam conectadas e promover atividades offline que estimulem o desenvolvimento. Além disso, é fundamental conversar sobre o uso consciente da tecnologia, ajudando-as a entender a diferença entre o mundo real e o que é mostrado nas redes.
Olá!

Cuidar das crianças em uma era dominada pelas redes sociais é um desafio que requer atenção e equilíbrio. É essencial promover um ambiente em que as crianças possam desenvolver habilidades sociais e emocionais saudáveis. Primeiro, é importante estabelecer limites claros para o tempo de tela, incentivando atividades offline que estimulem a criatividade e a interação social. Além disso, é fundamental conversar abertamente sobre os conteúdos que elas consomem, ajudando-as a desenvolver um pensamento crítico em relação às informações e imagens idealizadas que encontram online.

Na psicoterapia cognitivo-comportamental, trabalhamos para fortalecer a resiliência emocional das crianças, ensinando-as a identificar e lidar com sentimentos e pensamentos difíceis. Os pais podem apoiar esse desenvolvimento modelando comportamento saudável e sendo exemplos de uso consciente da tecnologia.

Se você está preocupado com o impacto das redes sociais no desenvolvimento de seu filho, é aconselhável buscar orientação profissional. Estou à disposição para oferecer suporte, e você pode encontrar mais informações nos meus perfis no Doctoralia e no site Humanamente Falando.

Fico à disposição, fique bem!
Com afeto,
Leonir Troscki - CRP12/12755.
Dra. Letícia Carvalho
Psicólogo
Salvador
O cuidado com o desenvolvimento das crianças em tempos de intensa relação com as redes sociais deve começar com a conscientização sobre as recomendações de idade das plataformas. Muitas redes sociais exigem uma idade mínima de acesso, e essa recomendação deve ser respeitada para evitar riscos, como a exposição a conteúdos inadequados ou a pressão para se adaptar a padrões não realistas.

Além disso, é crucial estabelecer limites para o tempo de tela e incentivar atividades que estimulem a criatividade, o movimento físico e as interações face a face. A comunicação aberta e a escuta ativa são fundamentais, permitindo que a criança compartilhe suas preocupações e sentimentos. Ensinar sobre os impactos da comparação nas redes sociais e promover a construção de uma identidade saudável ajudam a prevenir efeitos negativos, como a ansiedade e a depressão.

A promoção da autoestima e a gestão emocional são ferramentas importantes para fortalecer a resiliência emocional da criança. Quando necessário, buscar o apoio de profissionais, como psicólogos, pode fornecer orientações mais específicas sobre como lidar com os desafios da era digital, garantindo o bem-estar emocional das crianças e protegendo-as das influências negativas das redes sociais.
 Luíza Pedroso Cunha
Psicólogo, Psicanalista
Porto Alegre
Cuidar de uma criança não é blindá-la do mundo, mas ajudá-la a lidar com o que encontra nele. As redes sociais intensificam a exposição ao olhar do outro, reforçando ideais de imagem e reconhecimento que podem gerar angústia. O papel do adulto não é apenas impor limites, mas oferecer um espaço de fala onde a criança possa elaborar suas inquietações sem ser reduzida a likes ou validações externas. Importa menos controlar o uso das telas e mais sustentar um vínculo onde a criança possa se apoiar para não se perder no desejo do outro.
 Vanessa Oliveira Martins
Psicólogo, Psicanalista
Londrina
É necessário uma abordagem quase artesanal da parentalidade, um equilíbrio entre tecnologia e humanidade, entre conexão digital e presença real.
Ensine o olhar crítico antes da restrição, pois proibir sem diálogo só gera curiosidade oculta.
Se as redes sociais sequestram a dopamina, ajude a criança a descobrir outras fontes de prazer genuíno: o toque da terra nas mãos, o desafio de subir numa árvore, a adrenalina de correr até perder o fôlego. A ideia não é apenas limitar telas, mas ampliar os horizontes da recompensa cerebral.
Uma casa precisa ser um espaço onde as conexões humanas superem as digitais. Estabeleça rituais sem telas, como jantares sem distrações, leitura antes de dormir e conversas sem pressa. O ambiente familiar precisa ser mais estimulante do que a tela azul.
As redes sociais são programadas para viciar, mas o cérebro humano aprende a amar de verdade. Mostre, com gestos e exemplos, que a verdadeira validação não vem de curtidas, mas de abraços sinceros, de risadas compartilhadas e do brilho nos olhos de quem ama sem filtros.
O tédio é um mestre, não um inimigo. Crianças que nunca ficam entediadas não desenvolvem criatividade nem resiliência. Crie espaços para o vazio produtivo, onde a mente da criança possa vagar, criar e sentir sem precisar da distração constante das notificações.
Cuidar das crianças nesses tempos não é apenas controlar a tecnologia, mas ensinar a navegar nela sem naufragar. O segredo não está em afastá-las do digital, mas em garantir que saibam quem são além da tela.
 Manuela S. A. Thomaz
Psicólogo
Carapicuíba
Em tempos atuais, é grande o desafio para ensinar às crianças um bom uso das telas. Necessário a construção de relacionamentos de confiança entre os cuidadores/educadores e as crianças, trabalhar a conscientização a respeito das questões atuais, fazer combinados sobre limites de uso de telas, contribuir para a canalização da energia da criança para assuntos que lhe interessem e sejam construtivos, dentre outros cuidados que podem ser adotados visando o fortalecimento dos educandos. Consulte o projeto “De Mãos Dadas com os Pais” em meu site - www,psicologamanuelathomaz.com.br
As redes sociais são de fato um desafio na atualidade, e não existe receita para cuidar de uma criança diante deste desafio, entretanto, existem ações que se tomadas preventivamente trarão bons resultados. Primeiramente é que, "criança" não deve ter "rede social", pois é um ambiente muito nocivo para essa fase do desenvolvimento. Os relacionamentos devem ser aqueles que se possam nutrir presencialmente. Já o acesso a conteúdo digital por outros meios, devem ser monitorados e limitados em tempo. A criança deve ter outras atividades para preencher as horas vagas e isso dá muito trabalho, por isso a recomendação é se envolver com elas, jogar jogos de tabuleiro, permitir que pratiquem esportes e tenham atividades ao ar livre.
 Maria Fernanda Talarico
Psicanalista, Psicólogo
Paraty
Essa é uma excelente questão! Muito atual e de interesse de todas as famílias com crianças e adolescentes. A internet e as redes sociais estão muito presentes nas nossas vidas, é difícil nos imaginar sem o uso dessas ferramentas. E é importante que possamos tomá-las dessa forma, como ferramentas, usá-las a nosso favor, no que podem nos auxiliar a ter mais acesso à informação, comunicação e outras facilidades. E não sermos nós utilizados por elas.
Tem vários pontos importantes a serem observados quando somos usuários da Internet e redes sociais e também responsáveis pela educação de jovens. E não podemos deixar de lado uma avaliação sobre a nossa relação com estes. Você, adulto, como está sua relação com as redes sociais? Quando está em casa, dedica tempo aos jovens ou fica rolando o feed solitariamente?
Sobre as crianças e adolescentes, você sabe qual é o conteúdo que eles acessam? Como faz este monitoramento? Consegue compartilhar com ele algum conteúdo que seja produtivo e estimulante? Consegue auxiliá-lo a fazer uso destas ferramentas de forma mais interessante?
Ainda é fundamental muita orientação, especialmente sobre os riscos que eles devem evitar ao navegar na internet. Também com relação ao conteúdo que acessam. É indicado também um combinado com relação ao tempo gasto nas redes sociais e em quais momentos podem acessá-los. A estimulação de outras formas de entretenimento pode fazer com que não fiquem exclusivamente na Internet. Então levá-los para passear, para brincar com outras pessoas de sua idade, ler com eles, assistir filmes, tudo isso é interessante e complementa as orientações e monitoramentos necessários para um uso consciente.
Caso o jovem esteja apresentando algum sintoma que você relacione ao uso abusivo de Internet, não deixe de procurar um profissional para avaliá-lo.
Crianças precisam de limites bem estabelecidos e segurança na fala e atitude dos pais. Sem oscilações. Retirar telas de crianças as quais já estão acostumadas é difícil, mas não é impossível. Comece estabelecendo limite de tempo, conteúdo, esteja atento/a ao que seu filho/a tem acesso. Outra questão que acredito ser importante é que o exemplo arrasta, então, o uso do celular/telas pelo adulto também faz diferença na percepção de mundo da criança. Aprendemos mais pelo que presenciamos do que o que escutamos. A saúde mental de crianças e/ou adolescentes geralmente são prejudicadas com a utilização sem filtro e sem delimitações, pois a internet de fato é um mundo a parte e crianças e adolescentes não possuem o cognitivo suficiente para compreensão de algumas situações. Acredito que o olhar atento dos pais/cuidadores seja a melhor forma de ajuda, junto com o estabelecimento de limite e tempo e conteúdos. Espero ter ajudado.
Olá!
Aqui vão algumas dicas:
É importante promover atividades ao ar livre como jogar bola, peteca, pular corda, andar de bicicleta, fazer piquenique; atividades que estimulem a criatividade: forneça materiais como papel, lápis, tinta, cola, etc., para que as crianças usem a imaginação para criar. Jogos de tabuleiro, cartas. Estabelecer rotinas com horário para leitura, pratica de exercícios de relaxamento antes de dormir.

Espero ter ajudado.
Abraço!
Conforme experenciei na residência, tanto no hospital quanto nos CAPSi, as dicas mais presentes ofertadas aos pais foram:
1) Criar uma rotina que faça sentido tanto pra família quanto para a criança. Quem manda são os pais, isso é fato, porém a criança sempre deve ser ouvida quando as atividades que quer fazer, sejam elas culturais, esportes, lazer e também de afazeres domésticos.
2) Tenham uma rotina saudável, os pais no caso. Se a criança observa os pais sempre nos celulares, claramente elas vão se espelhar, assim como se os pais não se alimentam de forma adequada, não fazem esportes, não sabem lidar com suas emoções, apresentam comportamento de violência ou de risco, esse conjunto todo desfuncional poderá projudicar a formação da criança. Se a família apresenta esse conjunto, procure um psicólogo para te ajudar, ou mesmo o serviço especializado do CAPS.
3) No período noturno, criem uma rotina estável, horários para comer, tomar banho, brincar e ir dormir, é mais interessante para a criança quando os pais compartilham dessa rotina, até que elas adormeçam.
4) Quanto aos celulares, evite de dá-los às crianças tão cedo, antes dos 8 anos. É aconselhável dar um celular pessoal a eles a partir dos 11/12 anos, quando entram na puberdade, devido as questões da adolescência.
5) Todas as atividades que as crianças e adolescentes fazem na internet podem ser monitoradas por meio de APPs ou sites de controle parental. Procure informações sobre controle parental nas redes sociais, serviços de streaming e demais aparelhos que eles utilizam.
6) Criança não tem rede social, muito menos uma rede social que é gerenciada pelos pais, sem o consentimento dela. É uma exposição desnecessária e pode atrair pessoas má intecionadas.
7) Vocês, pais, evitem de usar os celulares perto das crianças com tanta frequência.
8) A escola é fundamental, além de ser um direito e um dever, ela benificia a todos os familiares.
9) Os pais precisam de momentos para saírem da posição de cuidadores, principalmente as mães, para realizar ações entre o casal, e separados, principalmente. Fazer terapia pode ser um desses momentos.
10) Bater nunca é a melhor solução, mas sim o castigo que faça sentido. A criança não sabe de muita coisas, são ingênuas e curiosas e acidentes ocorrem o tempo todo, é preciso que isso esteja claro. Quando não for um acidente, o castigo pode ser aplicado da seguinte forma: esteja com a cabeça fria e converse com a criança, explique o que ela fez e a consequência, fale que ela ficara´de castigo por tanto tempo (20 minutos, 30 minutos etc.), a criança não tem clareza da passagem tempo, então 30 minutos pode significar para ela uma eternidade, e explique o que será tirado dela ou ela deixara de fazer por aquele tempo. Conforme ela cresce, esse tempo pode aumentar, mas é sempre importante comunicar quanto tempo ela ficará de castigo. Isso a ensina sobre limites e respeito.
11) Fale que ama seu filho, incentive ele a ser quem ele quiser dentro de sua fantasia; brinque com ele, compartilhe de seu universo; esteja do seu sela; participe das apresentações da escola; seja uma figura presente e de referência. Seu filho tem você como a pessoa mais importante do mundo, ele te admira e quer ser você em algum dia, seja a melhor pessoa que você consegue ser pela criança.

Criar uma criança nunca foi uma tarefa fácil, se você considera que está além do que você pode dar conta, procure ajuda, primeiro com sua família, e se precisar, de ajuda psicológica também.
 Valter Rodrigues
Psicanalista, Psicólogo
Contagem
Cuidar de crianças em um contexto onde as redes sociais têm uma influência significativa na saúde mental requer uma abordagem cuidadosa e informada. A seguir, apresento algumas estratégias e considerações importantes para ajudar as crianças a navegar por esse ambiente digital.
Compreensão do Impacto das Redes Sociais
As redes sociais podem ter tanto efeitos positivos quanto negativos sobre a saúde mental das crianças e adolescentes. O uso excessivo pode levar a problemas como ansiedade, depressão, insônia e até ideação suicida. É fundamental que os responsáveis estejam cientes dos riscos associados ao uso descontrolado, que pode ser comparado a um vício4.
Estratégias de Cuidado
Estabelecer Limites de Uso
Defina horários específicos para o uso das redes sociais, promovendo um equilíbrio saudável entre atividades online e offline.
Incentive atividades ao ar livre e interações sociais presenciais, que são essenciais para o desenvolvimento emocional e social.
Fomentar o Diálogo Aberto
Converse regularmente com as crianças sobre suas experiências nas redes sociais. Pergunte como elas se sentem em relação ao que veem e compartilham online.
Esteja atento a sinais de desconforto, como isolamento social ou queda no rendimento escolar, que podem indicar problemas relacionados ao uso excessivo de redes sociais3.
Educação sobre Segurança Digital
Ensine as crianças sobre privacidade online, os riscos do cyberbullying e a importância de manter informações pessoais seguras.
Discuta a diferença entre interações virtuais e reais, ajudando-as a entender que as representações nas redes sociais nem sempre refletem a realidade.
Promover o Autoconhecimento
Incentive as crianças a refletirem sobre suas emoções e reações em relação ao conteúdo que consomem nas redes sociais. Isso pode ajudar a desenvolver resiliência emocional.
Ajude-as a identificar quando o uso das redes sociais está afetando seu bem-estar mental, promovendo uma abordagem crítica em relação ao conteúdo consumido.
Considerações Finais
A saúde mental das crianças é uma prioridade, especialmente em um mundo cada vez mais digital. O acompanhamento regular e a intervenção precoce são essenciais para garantir que as crianças desenvolvam uma relação saudável com as redes sociais. Se você notar sinais preocupantes ou se sentir que seu filho precisa de suporte adicional, considere buscar orientação profissional.
Estou à disposição para consultas caso você deseje discutir mais sobre este tema ou tenha preocupações específicas relacionadas à saúde mental das crianças.
 Ana Paula Vitari
Psicólogo
São Caetano do Sul
Proporcionando mais variedade de atividades saudaveis.
Evitar telas principalmente a noite, estimular a criatividade através da ludicidade e do brincar, pensar em tarefas e atividades funcionais que não envolvam telas
No mundo digital, é essencial equilibrar o uso das redes sociais para proteger a saúde mental das crianças. Estabelecer limites de tempo de tela, incentivar atividades offline e ensinar sobre os riscos da internet ajudam a criar um ambiente mais saudável. Além disso, os pais devem dar o exemplo, mostrando que a vida fora das telas também é importante. Conversar sobre autoestima e ajudar a criança a lidar com emoções negativas também são formas essenciais de prepará-la para um uso mais consciente da tecnologia. O objetivo não é proibir, mas ensinar um equilíbrio saudável.
 Michelle Novello
Psicólogo
Rio de Janeiro
Cuidar de crianças que se desenvolvem em tempos de redes sociais é um desafio novo e complexo e requer muito cuidado e atenção por parte dos cuidadores.

Atualmente vemos muitos cuidadores que passam tempo excessivo nas redes sociais, o que pode gerar um prejuízo nas relações e vínculos com as crianças. Outro ponto é que as crianças tendem a seguir o exemplo dos pais, e se aprendem desde cedo que as redes sociais são mais interessantes que o mundo fora da tela, tendem a repetir esse padrão posteriormente.

A idade mínima legal para uso das maiorias das plataformas de redes sociais é a partir de 13 anos, no entando, esse é apenas a idade mínima legal, com 13 anos as crianças ainda não possuem maturidade para lidar com questões como cyberbullying ou conteúdos inadequados, por exemplo. Por isso, quanto mais adiarmos o acesso as redes sociais, priorizando outras formas de sozialização melhor. O excesso de tela e perigos relacionados ao acesso precoce às redes sociais pode ser muito prejudicial para as crianças.

Algumas dicas são fundamentais para a utilização das redes sociais por crianças:

- Acesso às contas
- Acompanhamento de perto do conteúdo exibido
- Comunicação sobre perigos e uso saudável da internet
- Conversas sobre o que acontece online
- Estabelecimento de regras relacionadas a tempo de uso e acessos

Vamos cuidar para que as crianças estejam protegidas e possam curtir a infância longe das redes sociais. Espero ter ajudado!
Olá.

Estamos diante de um mundo digital que nos atrai e nos prende diante das telas e você precisa tomar alguns cuidados de acordo com a Idade e desenvolvimento destas crianças.

O ideal é que o uso seja supervisionado, limitado e com conteúdo educativo/lúdico.

O Cuidado com saúde mental é primordial para o desenvolvimento de crianças e adultos.

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