como convencer um paciente esquizofrênico a retomar a medicação depois de 23 anos de tratamento medi

Tem duas posições distintas - a da família e a do psiquiatra. A família, com base na preocupação com o paciente e no amor que tem por ele, teoricamente sempre pode pressionar a pessoa a se tratar. Quanto ao psiquiatra, no caso de um paciente que não esteja psicótico ou com riscos imediatos de comportamento violento não pode obrigá-lo a se tratar, mesmo que tenha um diagnóstico grave como a esquizofrenia. Trata-se do princípio ético de autonomia do paciente. Porém, no caso de ele estar delirante e, portanto, com seu juízo e crítica da realidade alterados, pode-se prescrever um tratamento involuntário, até o momento em que o paciente recuperar sua crítica e juízo, quando novamente terá a autonomia de decidir. Este tratamento involuntário pode ser em regime de internação ou ambulatorial, dependendo de cada caso. Uma conduta que pode dar certo, em alguns pacientes psicóticos que estão se recusando a tomar medicação, é usar medicações injetáveis de depósito, que são administradas a cada duas a quatro semanas, de modo geral. Frequentemente pacientes resistentes ao tratamento diário por via oral aceitam estas injeções periódicas. Você deve consultar o psiquiatra do paciente e discutir diretamente com ele estas possibilidades (ou outras que ele possa sugerir). Sem conhecer pessoalmente o caso, nao há como dar orientações precisas e personalizadas.

O paciente precisa o uso compulsório de medicação. O mais recomendável seria o uso de antipsicótico injetável de longa duração, 1 mês. Existe também a opção de internação compulsória. Precisa ser conduzida a escolha sob supervisão de psiquiatra. Abraço.