Como conseguir convencer a pessoa que é alcoólatra a procurar um tratamento? É possível fazer a intervenção

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Como conseguir convencer a pessoa que é alcoólatra a procurar um tratamento? É possível fazer a intervenção mesmo contra a vontade da pessoa, ou seja, internação forçada?
Em casos de alcoolismo, a maior dificuldade é levar o usuário a se convencer de que ele tem problemas com a bebida. O usuário tende a negar que é dependente, tendo às vezes uma falsa sensação de que está no controle da situação. Na maior parte dos casos, não é possível forçar a pessoa a receber ajuda, exceto em situações extremas, como em casos urgência médica. A melhor forma de auxiliar a pessoa na busca pelo tratamento é se mostrar disposto a ajudar, buscar conhecer profissionais e serviços de saúde que ofereçam tratamento específico para o caso e apresentar alternativas sempre que a pessoa se mostrar aberta a conversar sobre o assunto. Na grande maioria das vezes a família deve buscar ajuda profissional antes mesmo do paciente no sentido de compreender e fortalecer a dinâmica familiar para lidar melhor com tal situação. Busque ajuda em centros de atendimento de alcoolismo como o Alcoólicos Anônimos, e converse com profissionais especializados. Boa sorte!

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Que tal começar o tratamento por você? A família adoece junto com a pessoa. Seu mundo muda quando você muda.

Tenho experiência concreta de que internação involuntária sem uma verdadeira e profunda necessidade de nada adianta.

Qualquer tratamento para ser eficaz, a pessoa tem de querer.

Cabe a cada pessoa ao redor deste entender a si mesmo neste processo e a partir dai, olhar o outro com mais recursos e possibilidades.

É importante entender que o alcoolismo é uma doença séria entretanto pássivel de controle.
A internação involuntária é indicada em situações de risco, sendo uma medida extrema, em que não se pode prever os efeitos posteriores ao seu término.
O tratamento à usuários de substâncias psicoativas prevê a participação e responsabilização da pessoa em tratamento, pretendendo que ao longo do processo esta produza um reposicionamento frente ao uso e possível decisão quanto a abstinência.
Quanto a "convencer" a pessoa a se tratar, considero possível contribuir para que o processo de dê. Contudo, terá que contar com o desejo desta para a continuidade. A abordagem do assunto de forma clara, objetiva e que propicie pensar sobre si e suas escolhas é um modo de contribuir com a busca pelo tratamento. A oferta de apoio deve considerar a escolha da pessoa pelo modelo de tratamento e se irá só ou acompanhada. Respeitar estas decisões torna-se imprescindível, visto que, estas serão as primeiras de muitas que terão que ser tomadas pelo paciente.
Somente em situações extremas é feita a internação involuntária, como quando o alcoolista representa risco a terceiros. A familia, de qualquer modo, terá que participar do tratamento e recuperação, dando apoio e se informando com profissionais sobre como lidar com o doente, já que o senso comum costuma pregar uma série de equívocos e punições a quem sofre por essa dependência. Tente amparar e conversar sempre, busque um bom psiquiatra, grupos de apoio, psicólogos.
Como já fora dito, é bastante complicado "convencer" uma pessoa dependente a trabalhar contra tal dependência. E, mesmo uma vez convencida, não basta saber que se é dependente, nem mesmo saber conscientemente que quer deixar de ser dependente. Nestes casos, os que cercam o sujeito dependente sofrem com as implicações de tal situação, porém também há uma espécie de satisfação, mesmo que bastante desapercebida, por parte da dinâmica familiar. Deste modo, aconselho que aqueles que estejam sofrendo com a situação procurem ajuda profissional e, então, talvez a ênfase em "tentar convencer" mude para outra questão.
O alcoolismo impossibilita qualquer relação satisfatória com a pessoa. "Convencê-la" não procede. Se você não consegue pedir ou não está sendo ouvid@ pedindo, a sua relação com a pessoa não é boa.

Provavelmente as relações dela com outras pessoas também não eram, por exemplo com os pais. O quê mais ela vai querer é resistir à imposição de quem quer convencê-lo de qualquer coisa.

Tendo dito isto, você tem direito a uma vida sem alcoolatra ao seu lado. Precisa decidir. Ou você procura entender a outra pessoa, compartilha com ela os pesares e pede ela pensar em você e mudar -- com ou sem ajuda profissional -- , ou você a deixa para lá mesmo, ou seja, a expulsa de casa. A internação pode ser uma tentativa mas em si provavelmente não vai resolver, pois na volta tudo vai recomeçar. Isto é o que os especialistas da linha cognitivo-comportamental recomendam, para evitar a co-dependência.

Resumindo: a bola está no seu campo. Recomendo você procurar ajuda numa psicoterapia profunda.
É uma situação muito delicada para toda a família, que acaba precisando de tratamento também.
Para o tratamento ter resultado é importante que o paciente esteja disposto a abrir mão do álcool. Isso normalmente acontece quando ele começa a ter perdas decorrentes de seu uso abusivo e/ou algum tipo de sofrimento, também como consequência do álcool.
Quanto à internação o ideal é que seja voluntária, mas em alguns casos a internação involuntária pode ser o início de uma conscientização da necessidade de tratamento.

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