Boa noite! Minha filha tem 4 anos e teve o diagnostico de TDAH, a psiquiatra receitou venvance de 30mg.

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Boa noite! Minha filha tem 4 anos e teve o diagnostico de TDAH, a psiquiatra receitou venvance de 30mg. Comprei hoje e na frente da embalagem eu li que é pra criança acima de 6 anos, fiquei com medo de dar. Mesmo sendo para criança acima de 6 anos a menina nha filha que tem 4 anos pode tomar?
O tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade - TDAH é realizado através de acompanhamento com equipe multiprofissional e quando necessário, associação com terapia medicamentosa - atualmente as drogas mais utilizadas são o Metilfenidato (Ritalina / Concerta) e a Lisdexanfetamina (Venvance).

Aos 4 anos, a presença de um comportamento mais agitado, inquieto e a dificuldade em se concentrar p/ algumas atividades, pode ser algo comum da idade, devendo haver muita cautela na suspeita diagnostica.

O uso de uma medicação p/ uma idade inferior a preconizada na embalagem, pode acontecer se realmente houver necessidade; devendo-se observar a presença de eventual efeito colateral e acompanhar de perto o paciente. Na realidade, muitas pesquisas com novas drogas são realizadas com adultos e a liberação "oficial" da medicação, termina acontecendo depois de um certo tempo pela industria farmaceutica.

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O TDAH, não tem cura, passa a ser um modo de ser, funcionar da criança ou do adulto. É uma disfunção de uma região cerebral responsáveis pelas funções executivas,que está relacionada a realização de um objetivo, frear comportamentos inadequados, monitorar o tempo, adiar recompensa etc..Praticamente tudo é função executiva. Além do TDAH, uma criança de 4 anos não tem esta área amadurecidas, esta área uma das última amadurecer, diferente de outras como visão, motora etc. Assim um trabalho de Psicólogo comportamental é fundamental, que através de estratégias e treinamento, reabilita estas habilidades no sentido de diminuir os prejuizos. E orientações aos pais, para que estes entendam sobre o transtorno e possa aderir ao trabalho.
Infelizmente, esse tipo de prescrição medicamentosa para crianças tem ocorrido com frequência, por parte de alguns psiquiatras e enquanto Especialista em Neuropsicologia com dez anos de experiência, dezessete como Psicóloga e vinte e seis como Pedagoga devo dizer que é uma avaliação precipitada e seguramente realizada em uma única consulta. Diferentemente da anamnese que é realizada por nós, psicólogos, que inclui várias entrevistas com os pais e os que convivem com a criança em seu ambiente familiar e escolar, para só depois realizar a avaliação com a criança. Frequentemente, as ações de uma criança mais brincalhona e ativa é confundida com TDAH, o que gera, muitos "diagnósticos" falsos, o que é um perigo, pois se eles forem feitos pela psiquiatria, a única coisa que podem fazer é administrar medicação e nada mais. Essa anfetamina poderá causar perda de apetite, de sono e mais agitação para ela. Repense e procure um Neuropsicólogo. Esta é a minha sugestão.
Desejo-lhe boa sorte!
Procure um psicólogo também, pois muitas vezes a criança manifesta na "agitação "e até falta de atenção sentimentos que ela não sabe expressar em palavras ou de maneira satisfatória. É muito válido o acompanhamento psicológico nesse caso, principalmente porque não rara vezes a família pode participar e harmonizar uma dinâmica de convivência que pode ser benéfica não só para criança, mas para todos os envolvidos. Essas mudanças são significativas, pois sabemos que a criança não tem automia suficiente para promovê-las sozinhas. Um profissional dedicado poderá ajudar nesse processo e muitas vezes o tempo de tratamento medicamentoso pode diminuir com os resultados obtidos em concordância com o médico, é claro, pois como já sabemos esses remédios tem outros efeitos à longo prazo.
Boa noite
Acredito ser interessante nesse caso de uma segunda opnião médica. No entanto, acredito ser mais ainda importante pensar em outras terapêuticas para o quadro de sua filha. Acredito que seja interesante pensar para além do sintomas as possíveis causas, as possíveis manejos e análise desse sujeito-infante-sua filha.
abc
Danilo Alves da Cruz
Que bom que leu a bula antes de ministrar o medicamento. O processo de maturação cerebral ocorre de trás para frente, sendo o lobo pré frontal o último amadurecer. Essa área é a responsável pelas funções executivas que são a tomada de decisões, a flexibilização de pensamentos, o planejamento e desenvolvimento de estratégias, ou seja, comportamentos voltados para a realização de um objetivo ou tarefa. Crianças com 4 anos de idade são inquietas, não conseguindo focar a atenção numa mesma atividade por muito tempo. Medicar uma criança nessa fase, sabendo que o processo de maturação está longe de terminar (isso ocorre por volta dos 25-30 anos), ao meu ver não é o mais correto. Você estará mascarando o problema e não permitindo que sua filha aprenda pelo processo natural de desenvolvimento a planejar e executar seus pensamentos. Procure ajuda multidisciplinar para atender a sua filha se for o caso. Mas, sinceramente, eu penso ser melhor esperar mais uns 3 ou 4 anos para procurar ajuda.
A utilização de medicamentos, deve ser sempre a ultima opção, pois de qualquer forma, trazendo cura ou não é certo que ativa efeitos colaterais. Existem outras terapias menos agressivas. É conveniente consultar outros especialistas e/ou terapeutas que tratam o psicológico e depois decidir pela alternativa mais humanizada.
Remédios psiquiátricos,assim como a maioria dos medicamentos, precisam ser tomados com muito cuidado pois quase sempre trazem efeitos colaterais. O melhor é você voltar a seu medico e conversar sobre suas dúvidas. Pessoalmente sou descrente quanto aos diagnósticos. Comumente rotulam o paciente e o colocam no imenso corredor dos medicamentos como formula mágica ignorando que o corpo humano é a mais pura expressão da perfeição de Deus e todo poder de transformar está dentro do próprio paciente,mesmo criança.
Os psicoestimulantes como o metilfenidato, a atomoxetina ou a lisdexanfetamina costumam ser muito eficazes quando bem indicado. Muitas vezes, na nossa prática clínica, prescrevemos esses fármacos em idades anteriores ao indicado na bula, acreditando que os potenciais benefícios do tratamento podem superar os possíveis riscos. E neste caso, o acompanhamento deve ser feito de forma regular, para a verificação dos possíveis efeitos colaterais que venham a ocorrer. Caso persistam seus receios, converse com seu médico que ele poderá esclarecer melhor todas as suas dúvidas!
Olá. Há critérios para o diagnóstico de TDAH. Não é um bicho de sete cabeças. Se há dúvidas e insegurança quanto à medicação por parte da família, o seu médico assistente tem obrigação de esclarecer suas dúvidas, segundo nosso código de ética. Volte com o profissional e procure esclarecimentos.
Bom dia. Aos 04 anos a criança pode ter indícios de TDAH, não sendo indicado fechar o diagnóstico nesta idade, mesmo porque, é difícil diferenciar o que faz parte do desenvolvimento natural da criança nesta idade do TDAH. Caso a criança esteja apresentando alterações comportamentais significativas existem outras medicações mais indicadas para esta faixa etária. Do restante, nesta idade, o aconselhado é acompanhamento psicológico para os pais (orientação como trabalhar com a criança no contexto familiar) e para a criança (psicoterapia). Vale lembrar que no atual DSM-V existe a indicação de aguardar mais tempo para o fechamento do diagnóstico do TDAH e a medicação só deve ser utilizado caso a criança esteja apresentando comprometimento na escola que interferia na parte pedagógica. Busque mais informações: www.cognitivatdah.blogspot.com.br ou no site da Associação Brasileira de Déficit de Atenção - ABDA. Boa sorete.

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