Boa noite, eu faço psicanálise com um psiquiatra iniciei há uns 4 anos, fiz um não direto, cheguei a

23 respostas
Quando o paciente vai ao divã?
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Olá, o paciente vai ao divã, a partir do momento em que ele consegue fazer a retificação subjetiva, ou seja, quando ele consegue juntamente com o analista, ressignificar a queixa inicial e começar a se responsabilizar também por sua problemática. Geralmente quando o paciente chega na terapia nos primeiros atendimentos, ele joga essa responsabilidade nos outros, no social, nos familiares, ao passar de algumas sessões, é comum que ele comece a ressignificar e ver também sua responsabilidade em sua própria problemática.
Espero ter esclarecido sua dúvida. Cuide-se! Abraço!
Há alguns critérios para iniciar o uso do divã, mas, principalmente, é iniciado quando há uma maior elaboração por parte do paciente em relação à sua queixa inicial, e maior reconhecimento do que este motivo que o levou à terapia envolve, assim como, uma transferência firmada com o psicanalista. O tempo para que isto ocorra pode variar entre pacientes, e a forma como é feita a passagem ao divã, pode variar entre psicanalistas.
O convite para o Divã é realizado em um determinado momento em que o paciente começa a se questionar qual a responsabilidade dele naquilo do que se queixa, deixando apenas de "culpar" os outros por aquilo que está na sua queixa e, ainda, quando realmente está disposto a seguir em sua análise. O tempo é relativo, respeitando o tempo necessário de cada paciente para isso.
Olá, bem-vinda(o).

O psicanalista francês Jacques Lacan fala que a passagem de um sujeito ao divã inclui permitir-se uma retificação subjetiva daquilo que o paciente (analisando) se queixa, ou seja, preciso mudar minha posição diante da minha queixa, me perguntando, por exemplo, o que tenho eu a ver com isso do qual estou reclamando e que me levou a buscar um(a) analista. Assim consigo endereçar uma demanda ao uma analista ou um analista.

Aqui do meu lado, levo em consideração isso que Lacan falava, mas entendo que algumas pessoas talvez nunca passem ao divã, no sentido de deitar-se, porque não se trata de uma mobília que faz parte do tratamento, simplesmente, mas de uma posição.

Algumas pessoas não conseguem mesmo sustentar uma relação que não seja mediada pelo olhar do terapeuta, presencialmente ou à distância.

Se ele ou ela deita ou não no divã, usa a chamada de vídeo ou só de áudio, pelo menos na minha experiência, é algo com o qual não me preocupo.

O deitar-se é simbólico, há muitas formas de entrar em análise, não necessariamente deitada(o) em um divã.

O que você me diria de psicanalistas que atendem pessoas em assentamentos de trabalhadores sem terra, ou em uma cadeira de praia em praça pública, ou separado do paciente por uma cela de presídio?

Enfim, obrigado por me fazer pensar, espero ter te ajudado a pensar também. Um abraço!
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Em um tratamento analítco é comum dizer, a partir de Freud, que a única regra fundamental é a associação livre. Entretanto, alguns outros temas e dispositivos são importantes. O divã é um deles. Seu uso considera alguns outros, como a transferência, a estrutura clínica de cada sujeito e transformação do sintoma num sintoma analítico.
A passagem para o divã pode variar, assim como o tempo que isso ocorre também. Momento este em que o analisando começa a ressignificar sua queixa inicial, percebendo sua responsabilidade. Passagem do lócus externo para o interno
Olá! De forma bem simplificada, o paciente vai ao divã quando a queixa que o traz à análise passa a ser interpretada de modo a produzir questionamentos que o impliquem naquilo em que se apresenta como questão. Esse é o trabalho psicanalítico. Espero ter auxiliado. Estou à disposição.
Olá! Há varias formas e espaços de tratamentos psicanalíticos hoje em dia (muitos deles em outros settings, ambientes, que não incluem o divã, como em instituições por exemplo).Irei responder supondo que se trata de um tratamento clássico no ambiente de um consultório. Sendo assim, o paciente vai para o divã a depender de uma série de fatores - em alguns casos o analista pode analisar que aquele paciente não se beneficiaria do divã por exemplo, pois da mesma forma que ele pode ser um instrumento que facilita as elaborações e pode diminuir as resistências, também pode ser extremamente angustiante para outros, a depender de alguns fatores estruturais internos. Além disso, após essa avaliação inicial, é necessário também que já tenha sido estabelecido um vinculo entre analista e paciente, assim como um reposicionamento do paciente diante de sua queixa - quando ele passa a se questionar ativamente o que ele poderia ter a ver com seu sofrimento ou sintoma. Não há um tempo predefinido de encontros ou sessões para que isso aconteça, irá depender do percurso de cada um.
O divã é um dos principais instrumentos do processo analítico. Cada um de acordo com sua neurose vai fantasia-lo a sua maneira. Para a análise acontecer, não depende do divã. Ela pode acontecer frente a frente, com o paciente sentado na poltrona, porém quando um analisando passa ao divã pode ter um contato maior com seu mundo interno. Nesse momento o analista e analisando ficam "livres” dos olhares um do outro. Cada um fica entregue às suas associações livres para cada vez mais dar um sentido ao que se fala e se escuta. O analista pode convidar o analisando a ir para o divã, vai depender do caso a caso, mas ir para o divã jamais deve ser uma imposição. É um convite que pode ser aceito ou não. Ao estar deitado faz com que o analisando também saia de uma formalidade e possa ser ele mesmo, mais informal e espontâneo. A análise não se trata de um encontro formal ou social, mas um encontro de descoberta onde possamos nos colocar em novas posições em nossas vidas.
Quando o analisado é capaz de se questionar e assumir responsabilidade pelas ações dele.
Entender que as próprias ações podem ter trazido consequências negativas ao analisado, não apenas as ações dos outros, como é comum as pessoas pensarem, levam o analisado ao divã.
Está no divã o analisado que olha para dentro de si, para o seu próprio mundo e se questiona.
Uso o divã para operar uma ruptura da análise com o que Lacan chamou "Registro do Imaginário" (o social). Penso que tal ruptura acontece tão logo seja quebrado o confronto visual direto, o que permite um deslocamento da demanda (queixa) à nomeação do Desejo do analisante , bem como da responsabilização sobre este.
Essa questão é muito pertinente. Numa análise existem muitas vezes alguns encontros de avaliação e outros a que chamamos entrevistas preliminares, segundo Lacan, que pretendem pensar no possível engajamento tanto do analista como do analisando. No inicio estas se realizam face a face e durante a evolução da análise; tendo como guia o uso da associação livre, a passagem para o divã pode ser realizada. Porque não fazer logo? Por dois motivos, permitir a instalação da transferência de modo seguro e para aprimorar a estrutura diagnóstica presente para a condução da análise. Em certas estruturas a passagem para o divã pode acarretar uma desorganização psíquica que deve ser ponderada antes. No face a face o olhar sustêm algo da relação que pode ficar em dificuldade quando o sujeito se encontra no divã. Considero esse setting muito importante, mas ele tem de ser adaptado à situação de cada paciente e ao momento em que ele se encontra no processo analítico.
Olá! O divã é usado por psicanalistas, pois faz parte da técnica Freudiana. Agora, quando o paciente vai para o divã, existe várias variáveis a depender do momento em que se encontra a análise e nem todos querem ir ao divã. Conteúdo de análise também!
O divã é um dos instrumentos de manejo do psicanalista utilizado para facilitar o relaxamento do paciente ao deitar, proporcionando-o mais conforto, permitindo maior liberdade de pensamentos, já que não terá contato ocular com o analista. O analista pode convidar o paciente a deitar, quando achar conveniente/necessário ao tratamento, o paciente pode escolher deitar, se quiser. Alguns tipos de sintomas não são recomendáveis o uso do divã porque representar um lugar persecutório, assustador, angustiante, diferentemente do que é a proposta de seu uso. Portanto, nem sempre é usado, aliás, atualmente, grande parte das pessoas faz análise na cadeira, no sofá, porque se sentem melhor assim. O divã muitas vezes é um objeto fetiche da Psicanálise. Eu, particularmente, como analisanda, gosto muito. Faz bastante diferença no processo analítico! Mas já faço há muitos anos análise e o divã para mim é muito bom! Penso que cada pessoa está em um momento de descoberta de si e isso tem que ser respeitado também. Então não dá para pasteurizar. Lembremos que a psicanálise trabalha com o singular! Veja o que funciona PARA VOCÊ!
O divã é um objeto que precede a descoberta da psicanálise. Logo nos primórdios, quando Freud se apropriava do método da ab-reação catártica - hipnose, já se concebia a ideia de que seria propicio algo para que os pacientes pudessem se deitar. De fato, a psicanalise compreende que a reciprocidade entre os gestos de analistas e analisantes podem ser respostas que seriam ineficazes ao tratamento analítico de ambos. Entre nós, analistas, concebemos o olhar sob uma perspectiva pulsional e que talvez inviabilizasse a livre escuta que é o nosso material de trabalho. Nesse sentido esse objeto seria, portanto, fruto de uma questão ética na análise. Muitos analistas subentendem a imersão na analítica, a emergencia do sujeito do inconsciente sob a prerrogativa do uso do divã. Segundo Lacan, inicialmente, o trabalho analítico caminha em direção às entrevistas preliminares para posteriormente colocar o analisando em análise,
Olá, cada caso é um caso. No mais simplista, é quando você percebe que o paciente está preparado para entrar em contato com seus sentimentos de forma mais profunda e quando é estabelecido confiança entre o terapeuta e paciente. Abraço!!!
Olá! Geralmente o paciente vai para o divã quando já consegue elaborar em um sentido de se responsabilizar sobre suas questões, atos e relações, isto é, quando identifica em qual local está no meio dessas conexões.

At.te
Olá! O divã é um dos recursos da psicanálise, mas não o único. A regra fundamental é que o paciente fale livremente o que lhe vier à mente, a fim de que possa escutar-se e colocar suas questões como demandas que causam sofrimento. O divã é um ato analítico, que diz respeito a um momento (não cronológico, mas subjetivo de cada processo, com cada paciente) da análise do paciente em que é possível colocar a famosa frase de Freud “qual a sua responsabilidade diante da desordem da qual você se queixa?”. Ou seja, quando o paciente se vê ativo diante de seu sintoma, podendo criar outras configurações/saídas para suas questões que sejam menos causadoras de sofrimento, por exemplo.
De qualquer forma, acentuo que o divã é uma ferramenta do setting analítico, podendo ou não ser utilizado, bem como podendo ser “convocado” de acordo com cada paciente.
Contardo Calligaris tem uma boa reflexão sobre isso em um livro delicioso intitulado "Cartas a um jovem terapeuta". Disse que por anos atendeu olhando para seus pacientes. Percebeu que performava assim simplemente porque gostava. Tinha interesse em ter uma imagem daquele ou daquela analisante quando tivessem que se separar - o que é desejável para se evitar vínculos de dependência. Com uma vastíssima experiência - atendeu em Paris, Nova York e São Paulo (além de ter estudado psicanálise com o próprio Lacan) -, Contardo lembrou que atendeu pacientes que não suportavam o olhar do psicanalista e preferiam o divã. Sentiam-se mais confortáveis assim. Outros eram tomados por um estranhamento ao se deitarem nele. Com isso destacava que o psicoterapeuta deveria evitar exigir que o analisante se acomodasse de uma forma ou de outra. Mais interessante era deixar o paciente à vontade para escolher uma poltrona ou divã. Mesmo porque o mais importante era a associação de ideias/significantes que irromperiam no setting analítico. Registrou ainda - com o sarcasmo que lhe era peculiar - que o paciente não estava aparafusado ao divã. Ou seja, ele poderia mudar de posição. Não nos enganemos: se o psicanalista quer cobrar de seus pacientes uma forma estandardizada de se posicionarem no consultório é indício de que ele precisa de terapia ou (se estiver fazendo) é sinal de que ela não está funcionando.
Na psicanálise, o paciente é convidado a deitar-se em uma cadeira ou sofá (conhecido como "divã") durante as sessões. A posição reclinada permite que o paciente se sinta mais relaxado e menos distraído pelo ambiente, e também permite que o analista possa observar as expressões faciais e as reações corporais do paciente. A cadeira ou sofá é colocada de forma que o paciente e o analista estejam frente a frente, mas não necessariamente olhando um para o outro.

O paciente é instruído a falar livremente sobre seus pensamentos e sentimentos, sem se preocupar com a forma como eles se expressam. O analista não intervém diretamente, mas pode fazer perguntas ou comentários para ajudar o paciente a explorar seus pensamentos e sentimentos mais profundamente. Isso é chamado de "livre associação".

As sessões de psicanálise geralmente ocorrem uma vez por semana e podem durar de 50 minutos a uma hora. O número de sessões necessárias varia de acordo com as necessidades do paciente, mas o tratamento pode durar anos. A psicanálise é uma abordagem de longo prazo, que busca compreender profundamente as raízes dos problemas psicológicos do paciente e ajudá-los a alcançar uma maior consciência de si mesmos e suas relações.
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Entendo que você esteja curioso sobre o uso do divã em psicanálise e queira saber quando um paciente opta por usá-lo. A utilização do divã nas sessões de psicanálise é uma escolha pessoal que envolve tanto o paciente quanto o terapeuta. O divã é uma parte tradicional da psicanálise, concebido para criar um ambiente no qual o paciente possa se deitar, relaxar e falar livremente sobre seus pensamentos, sentimentos e memórias. A posição reclinada pode ajudar o paciente a entrar em um estado de relaxamento e facilitar a livre associação, onde pensamentos e sentimentos emergem sem censura. No entanto, é importante observar que nem todos os pacientes de psicanálise optam pelo uso do divã. Alguns preferem a configuração de sessão face a face, na qual o paciente e o terapeuta se sentam e têm uma conversa tradicional. A escolha entre o divã e a configuração face a face depende das preferências pessoais do paciente e da abordagem do terapeuta. É comum discutir essa escolha no início da terapia, permitindo que o paciente expresse suas preferências e dúvidas. Algumas pessoas se sentem mais à vontade usando o divã, enquanto outras preferem o contato visual direto com o terapeuta. Se você está considerando a psicanálise e tem interesse em usar o divã, é uma decisão que deve ser tomada em conjunto com o terapeuta. Converse com o terapeuta sobre suas preferências, preocupações e expectativas, e ele o orientará sobre como isso pode afetar o processo terapêutico. Lembre-se de que o objetivo da psicanálise é criar um espaço seguro e acolhedor para a exploração profunda de seus pensamentos, sentimentos e experiências. Independentemente de você optar pelo divã ou pela configuração face a face, o terapeuta estará lá para apoiá-lo em seu processo de autoconhecimento e crescimento pessoal.
O divã é um espaço onde o paciente se permite falar abertamente sobre suas angústias, medos e inseguranças. Normalmente, o paciente procura o divã quando já possui maior autonomia para lidar com suas questões, ações e relações. Ele é uma oportunidade para explorar sentimentos e pensamentos que, muitas vezes, não conseguimos compreender sozinhos.
Abraços
@ffirenzepsicanalista.

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