Até mesmo o uso crônico de inibidores de bomba de prótons (como omeprazol, pantoprazol, lansoprazol)

Olá! Os inibidores da bomba de prótons são medicações que podem ser de uso crônico ou não. O que irá definir isso é o quadro clínico do paciente e a avaliação médica. Não é adequado que o paciente mantenha o uso prolongado de qualquer tipo de medicação sem acompanhamento médico. Os inibidores da bomba de prótons favorecem o surgimento de pólipos no estômago, diminuição da absorção de vitaminas, supercrescimento bacteriano do intestino delgado, etc. , logo seu uso prolongado necessita de acompanhamento médico. Atenciosamente!

Sim, o uso crônico de inibidores da bomba de prótons (IBPs), como omeprazol, pode ter alguns efeitos adversos a longo prazo, embora o benefício em muitos casos ainda supere os riscos. O uso prolongado de IBPs está associado a:

Pólipos de glândulas fúndicas – Pólipos gástricos benignos (sem potencial maligno) podem surgir com o uso prolongado de IBPs, especialmente após mais de 1 ano de uso. Eles geralmente não requerem tratamento, a menos que cresçam ou apresentem características suspeitas em endoscopia.

Deficiência de nutrientes – O uso prolongado pode reduzir a absorção de vitamina B12, ferro, magnésio e cálcio, aumentando o risco de anemia, osteoporose e fraturas.

Infecções gastrointestinais – A acidez gástrica é uma defesa natural contra bactérias. A redução dessa acidez pode aumentar o risco de infecção por Clostridium difficile e outras bactérias intestinais.

Hipersecreção de ácido rebote – Ao interromper o uso de IBPs após muito tempo, pode haver um aumento temporário da produção de ácido, causando sintomas de refluxo mais intensos.

O que fazer:

Não interrompa o uso sem orientação médica, especialmente se você toma por uma indicação específica (ex.: refluxo grave, gastrite, úlcera).
Avalie com o médico a possibilidade de reduzir a dose ou tentar um desmame gradual, se possível.
Monitorar níveis de vitamina B12 e ferro pode ser útil em casos de uso prolongado.
Se forem identificados pólipos na endoscopia, o médico pode orientá-lo sobre o acompanhamento adequado.
O mais importante é balancear o benefício do uso com os riscos, o que pode exigir ajustes na dose ou na frequência, sempre sob supervisão médica.