Acredito ser assunto de psicologia infantil. Meu filho tem 6 anos. Eu, mãe sou obesa e o pai é negro

16 respostas
Acredito ser assunto de psicologia infantil. Meu filho tem 6 anos. Eu, mãe sou obesa e o pai é negro. Ele é cuidado pelos avós paternos enquanto eu trabalho e vai a escolinha. O pai é ausente. Dito isto, alguns comportamentos têm me assustado. Ele sempre mostrou interesse por colegas de um certo biótipo, ex. : Crianças magras cabelo liso e brancas. Mas ultimamente ele tem sido mais incisivo nisto e chega a falar que não gosta do colega pq é pretinho ou pq a colega é gorda ou tem cabelo enroladinho. Jamais demos em casa margem para este tipo de comportamento e parece ser algo dele. Quando questiono sobre a cor dele ele jamais admite ser ou que o pai é negro. Ele costuma rebater dizendo que ele é castanho. Também diz que eu não sou gorda (nega a realidade) para sustentar o fato de "não gostar" na tentativa de não me ofender. Me pergunto se de alguma forma as características dos pais podem gerar repulsa nos filhos por algum motivo e o que pode-se ser feito neste caso.
Os filhos são o sintoma dos pais. Mas o que isso quer dizer? Lendo seu breve relato, o que consigo escutar é que não se trata de uma questão de ordem moral como você assinala. É pela negação muitas vezes que se confirma o que é dito, ou seja, ele dirige a agressividade que outrora iria para vocês para outras pessoas com as características de vocês. É uma forma de atacar vocês por alguma falta, provavelmente pelo fato de o pai ser ausente e a mãe também não estar presente como o mesmo gostaria. É interessante que você mãe tenha percebido. De fato é importante que você e o pai da criança busquem um atendimento PSI Infantil. Vocês poderão trabalhar essas questões e outras mais que certamente se escondem por detrás dessa negação que seu filho exprime.

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Olá! Pelo seu relato é possível observar 3 pontos: 1) Como você e o pai se relacionam com as diferenças raciais e de imagem e como é transmitido para ele quem ele é. Nesta idade não é possível uma criança compreender amplamente as diferenças, mas pode sentí-las. 2) Talvez seja necessário uma conversa na escola também. Ela acolhe a diversidade? Como se comunica com as crianças sobre este e outros aspectos? 3) A agressividade geralmente parte de um vazio de uma cobrança de algo que está faltando e você relata um pai ausente e que você trabalha. Mas como é vivenciado o tempo com ele quando está em casa? Brinca, conversa, senta no chão, entra no mundo dele? Acredito que seja o caso de buscar ajuda de um psicólogo infantil. Sou especialista em saúde mental, psicóloga infantil e fico à disposição.
Olá! Pode-se levantar várias questões aqui, crianças são reflexos dos pais, porém, imitam muito o comportamentos dos "amiguinhos", muitas vezes sem muita consciência do que falam ou fazem. A melhor coisa a se fazer e manter uma conversa com ele e tentar mostrar como essas falas são prejudiciais.
Sugiro que procure um Psicólogo infantil para te auxiliar. Espero ter ajudado!
Olá. O primeiro grupo social da criança é a família. O segundo grupo, a escola. Veja bem: é a partir do ambiente (grupos sociais) e nessa interação com ele que a criança constrói seus ideais. Os ideais de seu filho está muito consoante com os ideais de nossa cultura gordofóbica e racista, infelizmente. É importante que vocês, enquanto família, possam pensar juntos (em terapia) em que momento esses valores foram transmitidos. Você parece dizer: "sou obesa e meu esposo negro, logo não poderíamos ser geradores de preconceito". Mas você não leva em conta algo muito determinante que é a transmissão inconsciente (e não tinha como levar, sem que tivesse entendimento do assunto). Mais que um assunto de psicologia infantil, esse é um assunto de psicologia familiar. Busque um psicanalista e tenho certeza que toda a família irá se beneficiar.
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Olá, pela narrativa da mãe, pode-se perceber que existem diferenças sociais, culturais e etnias distintas em jogo. A criança absorve facilmente toda a diversidade, normalmente não possui preconceitos, o que normalmente é imposto pela família e meio que vive. Procure observar se algum coleguinha, professor ou até algum familiar que ela convive ou admira está trazendo o preconceito para a criança. Ele já está sendo capaz de ver que é errado, tanto que sua fala é cuidadosa para não ofender a mãe. Talvez o mais importante seja em primeiro lugar ter uma conversa com a própria criança, sobre diversidade de etnias e corpos que existe no mundo, trazendo à tona o quanto não termos um padrão estabelecido pela sociedade também é bom, e está tudo bem. Espero ter ajudado.
Boa tarde! Pela sua narrativa existem vários questionamentos a serem levantado para te dar um resposta. Inicie um canal de comunicação e ensinamento com seu filho. Tente mostrar a ele que certas atitudes são erradas, mesmo que seus coleguinhas falem ao contrário. Busque ajuda de um Psicólogo infantil.
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Olá, que momento de grande angústia vocês devem estar passando, ter um filho e vivenciar tudo o que isso trás nem sempre é fácil ou compreensível. Compreendo que todo ato de uma criança é uma forma de comunicação, isso pode ser em palavras, atitudes, até em desenhos e afins.
Entendo que o seu filho quer contar algo que está sentindo, se está difícil compreender, busquem ajuda de um psicólogo para que o mesmo auxilie a família de vocês a compreender melhor esse momento, O que ele está tentando comunicar com essas atitudes. Mas claro já é muito importante você colocar ali o quanto precisam passar o tempo fora de casa, com certeza ele sente essa falta, pode estar tentando comunicar isso, mas pode ser tantas outras coisas, o ser humano é complexo. Busquem um profissional que posso compreender melhor o que está acontecendo.
Olá,
As crianças são o sintoma dos pais e do meio em que convivem. Deste modo, esta não percepção de seu filho de suas características pode ser a comunicação de que para ele algo não está bem nestas relações. Deste modo, as orientações que dou é buscar um psicólogo infantil para acompanhá-lo e conversar com a professora dele.

Sugiro que, num primeiro momento, não coloque esta questão para ela mas, peça a conversa no intuíto de saber como estão as relações dele na escola e como ela o percebe.

Boa sorte e paciencia.
Imagino o quanto tal situação esteja sendo difícil para todos vocês, em diversos níveis, mas principalmente para ele. Você tem razão, pelo o que parece é algo dele mesmo. Resultado de alguma coisa. O que ele está comunicando é que ele não se ama, que se sente abandonado e que assim sendo se abandona também. Não sente um senso de valor em ser o que é. Tal senso é reservado para as crianças que descrevestes acima. Visivelmente ele tenta preservar voces pai e mãe, mas é claro que a manifestação desses sentimentos soa como um ataque, algo agressivo contra vocês e contra ele mesmo... Contra a realidade como dissestes.
Evidentemente que a situação total não é tão simples como parece e esse menino precisa de ajuda. Quando ele verbaliza essas coisas o que ele está pedindo na verdade é ajuda para entender todas essas coisas que se passam no mundo interno dele.
Se tu puderes colocar ele em psicoterapia de orientação psicanalítica infantil certamente tu vai estar ajudando muito ele a se entender melhor e a se amar mais. O amor próprio não surge de frases motivadoras ou coisas assim, mas compreensões profundas sobre as coisas que nos acontecem em vida.
Fico a disposição. Grande abraço!
Bom dia, em geral uma criança de 6 anos repete o que escuta em algum lugar, eles são muito perceptíveis.
Sugiro que procure um psicoterapeuta infantil para acompanhá-lo nesse momento e da forma que falou, seria bom você também procurar um atendimento para entender melhor essa situação.
Olá! As crianças não desenvolvem concepções de mundo sozinhas. É preciso contato com certas "crenças" ou "regras" sociais para se ter esse padrão de comportamento. É preciso investigar em todos os contextos sociais da criança a fim de entender como ela está "aprendendo" tais conceitos, bem como fortalecer os vínculos familiares, trazendo harmonia para os contextos sociais nos quais o seu filho está inserido.
Olá, achei muito interessante a resposta dada pelo colega psicólogo Thiago de Sousa e compartilho do seu entendimento. Possivelmente o que está acontecendo com seu filho não é um "simples" rechaço ao diferente, mas uma negação daquilo que lhe é muito familiar: a obesidade e a negritude. Ambas são características dos pais, e pelo seu relato, essa negação, esse "não gostar" do seu filho dirigido a outras pessoas, parece apontar para um conflito envolvendo as figuras parentais e/ou os avós que cuidam dele e que acabam exercendo a função de pai/mãe. Sugiro que você busque ajuda especializada de um profissional da Psicologia, de preferência, que trabalhe com a teoria psicanalítica. Um abraço!
Olá!
De fato, pode acontecer que a gente (os seres humanos) sinta repulsa por outras pessoas, incluindo aquelas da família; por qualquer pessoa. Mas são questões que não se limitam ao visual ou ao físico. Vale a pena entender o que essas coisas, que apenas são aquela caraterística mais marcante dos pais, representam e que a criança rejeita. A fala é importante, mas as crianças tendem a simbolizar muito o que sentem e pensam, sem falá-lo diretamente. Ai, é importante o trabalho com um/a profissional experiente.
Não leve ao pessoal, aliás. Boa sorte!
Olá! As crianças podem expressar suas dores e sentimentos de diversas formas, mesmo sem a influência direta dos pais. Atenção aos ambientes se faz necessária, deve-se investigar a escola e pessoas próximas , que podem estar influenciando-o, mesmo inconscientemente. É importante abordar essas questões com delicadeza e firmeza. Sempre conversar sobre a diversidade e a importância de respeitar as diferenças, explicando que todos somos únicos e especiais, independentemente da cor da pele, tipo de cabelo ou peso. Importante buscar a ajuda de um psicólogo para entender melhor as origens desses comportamentos para que todos os familiares encontrem estratégias de enfrentamento e tenham um fortalecimento emocional, e principalmente, para que essa criança cresça com liberdade e amor próprio. Vocês não estão sozinhos, acredite! Sempre à disposição.
Seu filho tem apenas 6 anos, os comportamentos apresentados por ele podem estar refletindo a maneira como a família lida com essas questões. O abandono por parte do pai que é negro, pode estar contribuindo para que a criança relacione questões raciais ao sofrimento de não se sentir amado pelo pai.
Olá, crianças não nascem com preconceitos raciais ou fazendo julgamentos sobre o corpo das pessoas. São atitudes aprendidas na família, na escola e na sociedade. Infelizmente, mesmo que não explícitos, o racismo e gordofobia estão na sociedade e precisam ser combatidos com muita conversa. Investigue onde ele está aprendendo esses preconceitos, se instrua sobre o racismo e outros preconceitos e vai ensinando seu filho (e toda a família) para não reforçar esses preconceitos. E investigue se na escola os professores incentivam (o pior que existe, viu?) ou ignoram casos de racismo e gordofobia; se a escola tem um programa anti-bullying. Sei que é muito difícil cuidar disso numa rotina de trabalho intenso, mas será muito importante para o futuro do seu filho. Autoaceitação, autoestima, amor-próprio é tão importante quanto aprender matemática, português, ciências.
Se precisar de ajuda, estou à disposição.
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