A gravidade da esquizofrenia paranoide é progressiva?Ou seja há piora dos sintomas , principalmente

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A gravidade da esquizofrenia paranoide é progressiva?Ou seja há piora dos sintomas , principalmente cognitivos, ao longo da vida ou a gravidade da doença tente a se estabilizar após um tempo, mesmo com recaídas?
A esquizofrenia, classicamente, era descrita como uma doença que apresentava surtos sucessivos e piora progressiva, após cada surto. Sem tratamento adequado ou se o tratamento é interrompido, é esta a tendência.

Com os tratamentos atualmente existentes, sobretudo os antipsicóticos de segunda e terceira geração, muitas vezes é possível evitar este curso, mas é impossível fazer previsões individuais. Possivelmente, quadros que se iniciam em pessoas mais jovens, que já apresentavam problemas comportamentais, que apresentem outros problemas concomitantes (por exemplo, abuso de drogas) e, quando há várias recaídas, apresentam evolução pior.

É extremamente importante manter o tratamento e acompanhamento psiquiátrico contínuos para prevenir recaídas. Medidas adicionais, como terapia ocupacional, assistência social, melhora do repertório social e exercícios físicos também podem ter efeitos de melhora.

Por outro lado, uso de drogas (incluindo tabagismo) podem piorar a evolução.

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A esquizofrenia é uma doença cronica e não passível de cura, portanto necessita de tratamento de forma continua por toda a vida.
Levando em consideração esse fato, e importante que o tratamento seja iniciado o mais precoce possível, dessa forma o paciente conseguira a estabilização com o melhor padrão cognitivo possível.
Caso o tratamento seja tardia irregular ou incorreto, a tendência e que o paciente venha apresentar piora do quadro e agravamento dos sintomas com o passar dos anos.
O curso e prognóstico da esquizofrenia paranóide são muito variáveis e dependem de fatores como: idade de início da doença, intensidade dos sintomas, consciência (insight) de doença, adesão a tratamento, entre outros. O fator mais importante para prevenir o declínio cognitivo ou agravamento da doença ao longo da vida é prevenir novos surtos, pois há uma tendência de, a cada surto, o retorno à funcionalidade se dar com alguma perda em relação a antes. Assim, quanto menos tempo o paciente ficar "exposto" à crise, menos tende a cronificar e agravar o quadro. Por outro lado, quando há tratamento adequado e remissão dos surtos, há tendência de estabilização da funcionalidade, com possibilidade de melhora relacionada ao tratamento. Por exemplo, o paciente pode passar a conhecer melhor os sintomas e aprender a lidar melhor com eles, com menor desconforto. A evolução do caso é multifatorial e particular, devendo cada paciente ser avaliado de acordo com seu potencial e limitações individuais.
Prezado(a),
primeiramente, é importante entender que o termo esquizofrenia já não é mais adequado.
Não há uma esquizofrenia, mas sim varias síndromes similares. A melhor maneira de entender é pensar em “continuidades”, ou seja, desde sintomas brandos (correntes na população geral) até sintomas mais disfuncionais. Essa noção é chamada de espectro da esquizofrenia.
Dito isso, uma pessoa que se cuida e evita o deslocamento para a ponta disfuncional do espectro não sofrerá declínio cognitivo importante. E ainda que ocorra, existe o treinamento cognitivo para remediar. O ideal é que todos do espectro realizem treinamento cognitivo regularmente.
Abraços.
Boa tarde!
O curso da esquizofrenia é bastante variável e o que temos de conhecimento até então quanto ao curso da doença é que após a realização do diagnóstico no primeiro surto psicótico, um terço dos pacientes tém um curso bastante favorável, outro terço pode apresentar recaídas e perdas cognitivas e o terço restante pode não responder aos antipsicóticos convencionais e são considerado resistentes ao tratamento.
Essas informações são baseada em estudos epidemiológicos e dentro deste contexto o que pode ser feito para melhorar o prognóstico ?
Tratamento com medicações antipsicóticas realizado de forma precoce e adequada, psicoterapia cognitiva comportamental, avaliações neuropsicólogas e caso seja detectado alguma perda, realização de intervenções psicossociais como remediação cognitivas e terapias ocupacionais.
Há muito a ser realizado em termos de tratamento, melhorando cada vez mais o prognóstico, reduzindo ao máximo as perdas e reduzindo o estigma do transtorno.

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