Monalisa Pestana

A Fisioterapia Pélvica, conhecida também como Reabilitação Perineal, ou Fisioterapia Uroginecológica trata de forma conservadora disfunções urológicas, genitais e anorretais restabelecendo o bem-estar físico, mental e social dos homens e mulheres que sofrem com essas disfunções.

O assoalho pélvico é uma estrutura complexa, formada por músculos, ligamentos e fáscias. Localiza-se na pelve e tem as funções de suportar os órgãos pélvicos (bexiga, útero e reto) em suas posições anatômicas, manter a continência urinária e fecal, e tem um papel primordial na função sexual.

A disfunção do assoalho pélvico pode levar a diversas queixas, como:
- Incontinência urinária de esforço: Perda de urina quando tosse, espirra, pula e durante a risada;
- Bexiga Hiperativa: Vontade constante de ir ao banheiro mesmo com pouca urina;
- Incontinência urinária de urgência: Quando perde urina antes mesmo de conseguir chegar ao banheiro;
- Incontinência urinária após prostatectomia radical (retirada da próstata);
- Incontinência Anal: Perda de fezes e gases involuntariamente;
- Constipação ou prisão de ventre: Dificuldade em defecar;
- Prolapsos genitais: Bexiga caída, útero baixo;
- Retenção urinária: Dificuldade em urinar;
- Dor pélvica crônica: Uma das dores crônicas mais comuns, principalmente entre as mulheres.

Além de tratar essas situações, a fisioterapia pélvica também atua:
- Disfunções sexuais femininas: Dor, problema de desejo, excitação, orgasmo, entre outras;
- Disfunções pélvicas infantis: Incontinência urinária diurna e noturna, constipação, etc.
- Gestação: Preparação da mulher para o parto e alterações decorrentes da gestação, além de desenvolver um plano terapêutico que favoreça a rápida recuperação da musculatura perineal e abdominal no puerpério imediato e tardio.
- Estética Íntima: Rejuvenescimento íntimo, através do estímulo à fabricação de colágeno, a melhora da flacidez local e o clareamento da região genital.
- Oncologia pélvica: A ocorrência de tumores urológicos, ginecológicos e proctológicos podem representar um acometimento da função do assoalho pélvico, causando disfunções miccionais e/ou fecais.

O tratamento fisioterapêutico é baseado em:
- Orientações gerais prescritas após minuciosa avaliação e reavaliação constante;
- Exercícios com Biofeedback eletromiográfico e pressórico;
- Eletroestimulação muscular;
- Terapia Manual e Cinesioterapia Específica;
- Terapia comportamental, entre outros recursos.