Unifenobarb - Informações, especialistas e perguntas frequentes

Uso de Unifenobarb

Indicações de Unifenobarb
Fenobarbital é um barbitúrico com propriedades anticonvulsivas.


Contra-Indicações de Unifenobarb
O Fenobarbital está contra-indicado em casos de porfiria, insuficiência respiratória grave, insuficiência hepática ou renal grave, hipersensibilidade aos componentes da fórmula ou aos demais barbitúricos.


Precauções especiais

Como Usar (Posologia)
Comprimido: Adultos: 2 a 3mg/kg/dia em dose única ou fracionada. Solução oral: Crianças: 3 a 4mg/kg/dia em dose única ou fracionada. Cada gota equivale a 1mg de Fenobarbital. As gotas devem ser diluídas em água. A posologia deve ser diminuída em pacientes portadores de insuficiência renal e/ou insuficiência hepática e nos alcoólatras. A suspensão do tratamento não deve ser feita bruscamente; as doses devem ser diminuídas progressivamente até a suspensão completa. A eficácia do tratamento e a avaliação do ajuste posológico devem ser realizadas somente após 15 dias de tratamento. Se clinicamente necessário, os níveis barbitúricos devem ser monitorizados em amostras sangüíneas coletadas preferencialmente pela manhã (geralmente entre 65 e 130mmol/l em adultos e 85mmol/l em crianças, ou seja, 15 a 30mg/l em adultos e 20mg/l em crianças).


Informações ao Paciente
Ação esperada do medicamento: UNIFENOBARB é um medicamento antiepiléptico. Cuidados de CONSERVAÇÃO: Conserve o produto na embalagem original, em temperatura ambiente (15 a 30ºC), protegido da luz e da umidade. Prazo de validade: 24 meses a partir da data de fabricação (vide cartucho). Não use medicamentos com o prazo de validade vencido. Gravidez e lactação: Não interrompa o tratamento mesmo na ocorrência de gestação. Durante o aleitamento não é recomendado o uso de Fenobarbital devido à possibilidade de retardo do crescimento, sedação e dificuldade de sucção no período neonatal. Informe seu médico a ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após o seu término. Informe ao médico se está amamentando. Cuidados de administração: A interrupção abrupta do tratamento não deve ocorrer em nenhuma hipótese. Caso necessária, a interrupção deve ser gradual sob rigorosa orientação médica. Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento. Não interrompa o tratamento sem o conhecimento do seu médico. R4eações adversas: Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis, como: forte sonolência, reações na pele, dores nas articulações e nos ossos, confusão mental em idosos, alteração de humor e anemia. TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS. INGESTÃO CONCOMITANTE COM OUTRAS SUBSTÂNCIAS: O consumo de bebidas alcoólicas é estritamente proibido durante o tratamento com Fenobarbital. Deve-se evitar a ingestão de qualquer quantidade de álcool, até mesmo em medicamentos que o utilizem como excipiente. CONTRA-INDICAÇÕES E PRECAUÇÕES: O produto não deve ser usado por pacientes com hipersensibilidade aos componentes da fórmula, em casos de porfiria aguda, insuficiência respiratória grave e insuficiência hepática ou renal grave. Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início ou durante o tratamento. Não deve ser utilizado durante a gravidez e a lactação. Durante o tratamento, o paciente não deve dirigir veículos ou operar máquinas, pois sua habilidade e atenção podem estar prejudicadas. NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DO SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA SUA SAÚDE.


Informações Técnicas
Características: Fenobarbital é um barbitúrico utilizado como medicamento anticonvulsivo e sedativo. Ele atua como depressor não seletivo do Sistema Nervoso Central (SNC), capaz de produzir alterações em todos os níveis do SNC, variando da excitação até sedação leve, hipnose e coma profundo. Em doses terapêuticas suficientemente altas, pode induzir anestesia. Estudos recentes têm sugerido que os efeitos sedativos-hipnóticos e anticonvulsivantes dos barbitúricos podem estar relacionadas com sua capacidade de estimular e/ou mimetizar a ação inibitória sobre as sinapses do ácido gama-aminobutírico (GABA). Os barbitúricos deprimem o córtex sensorial, diminuem a atividade motora, alteram a função cerebral e produzem sonolência, sedação e hipnose. Apesar do mecanismo de ação não ter sido completamente esclarecido, parece que os barbitúricos têm um efeito particular ao nível do tálamo, onde é inibida a condução ascendente na formação reticular que interfere com a transmissão dos impulsos no córtex. Acredita-se que a ação anticonvulsivante do Fenobarbital se dá pela depressão da transmissão monossináptica e polissináptica no SNC. O Fenobarbital também aumenta o limiar da estimulação elétrica no córtex motor. Aproximadamente 80% da dose de Fenobarbital administrada é absorvida pelo trato gastrointestinal. A concentração plasmática máxima ocorre dentro de aproximadamente 8 horas em adultos e 4 horas em crianças. Em crianças, a meia-vida plasmática é de 40 a 70 horas, enquanto que em adultos, é de 50 a 140 horas, sendo ligeiramente maior em pacientes idosos e em casos de insuficiência renal ou hepática. Em crianças, a ligação do Fenobarbital às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 60%, enquanto que em adultos, a ligação do Fenobarbital às proteínas plasmáticas é de aproximadamente 50%. O Fenobarbital é distribuído através de todo o organismo, particularmente no cérebro devido à sua lipossolubilidade. Atravessa a barreira placentária e é excretado no leite materno. É metabolizado no fígado a um derivado hidroxilado inativo, que é em seguida glicuro ou sulfoconjugado; é excretado pelos rins na forma inalterada (principalmente se a urina é alcalina).


Interações Medicamentosas
Álcool: o efeito sedativo do Fenobarbital é potencializado pelo álcool. Alterações no estado de alerta podem tornar perigosos os atos de dirigir veículos ou operar máquinas, onde a perda de atenção pode causar acidentes graves. Deve-se evitar até mesmo a ingestão de qualquer quantidade de álcool seja em bebidas ou em medicamentos que o utilizem como excipiente. Esta recomendação é válida enquanto durar o uso do Fenobarbital. Contraceptivos hormonais que contenham estrógenos e progestágenos: ocorre redução do efeito contraceptivo esperado, devido a indução do catabolismo hepático dos hormônios pelo Fenobarbital. Ácido valpróico: aumento dos níveis plasmáticos de Fenobarbital com aumento de seus efeitos colaterais, principalmente sedação. Ácido fólico, ácido folínico, antidepressivos tricíclicos: diminuição dos níveis plasmáticos ou da eficácia do Fenobarbital com maior probabilidade de recorrência das convulsões. Anticoagulantes orais, ciclosporina, disopiramida, doxiciclina, esteróides (particularmente importante em doença de Addison ou transplantados), glicosídeos digitálicos (exceto digoxina), itraconazol, levotiroxina, quinidina, xantinas (aminofilina, teofilina), zidovudina: os níveis plasmáticos ou eficácia destes medicamentos diminuem pela administração concomitante de Fenobarbital. Neste caso, recomenda-se monitorização clínico-laboratorial (nível plasmático do medicamento introduzido) e, se necessário, aumento da dose do mesmo para se obter o efeito terapêutico desejado. Por outro lado, deve-se lembrar que ao se interromper o uso do barbitúrico, ocorrerá elevação imediata dos níveis plasmáticos do medicamento associado (ausência de indução enzimática no fígado). Deve-se assim, fazer novos ajustes posológicos. Nos pacientes sob anticoagulação oral deve-se realizar monitorização regular do tempo de protrombina (TP) durante e imediatamente após o final do tratamento com Fenobarbital. Se houver necessidade, deve-se ajustar a dosagem do anticoagulante oral; No caso dos cardiotônicos e antiarrítmicos, recomenda-se monitorização clínica e do eletrocardiograma até o ajuste da dose destes medicamentos, de acordo com seu nível plasmático; No caso de levotiroxina recomenda-se a monitorização dos níveis séricos de T3 e T4, para adequação da dose do hormônio. Beta-bloqueadores (alprenolol, metoprolol e propranolol): diminuição dos níveis séricos destes, com diminuição dos seus efeitos clínicos (devido ao aumento do metabolismo hepático); Carbamazepina: diminuição dos níveis séricos; Outros depressores do sistema nervoso central (maioria dos antidepressivos, anti-histamínicos H1, benzoadiazepínicos, clonidina e compostos relacionados, hipnóticos, derivados da morfina (analgésicos e antitussígenos), neurolépticos, outros ansiolíticos que não são benzodiazepínicos): pode ocorrer exacerbação dos efeitos depressores do SNC, com sérias consequências, especialmente sobre a capacidade para dirigir e operar máquinas. Metotrexato: pode ocorrer aumento da toxicidade hematológica devido à inibição cumulativa da diidrofolato redutase. Fenitoína: a fenitoína e o Fenobarbital interagem através de vários mecanismos. O uso concomitante pode produzir efeitos variados e imprevisíveis. O paciente deve ser monitorado atentamente.


Interferência Em Exames Laboratoriais
Podem ocorrer alterações das concentrações de bilirrubina sérica em recém-nascidos e em pacientes com hiperbilirubinemia não conjugada não hemolítica.


Laboratório
União Quím. Farm. Nacional S.A.
Remédios que contém o mesmo Princípio Ativo Edhanol, Filinasma, Franol, Gardenal, Gratusminal


Pacientes Idosos
Devido a maior sensibilidade aos efeitos dos barbitúricos, os pacientes idosos podem apresentar reações como agitação, confusão, depressão mental. Há um alto risco de ocorrer hipotermia, especialmente quando a dosagem é alta ou existe superdosagem. a dosagem do medicamento deve ser diminuída, principalmente em pacientes idosos com disfunção renal.


Precauções e Advertências
Gerais: O uso prolongado de Fenobarbital pode levar à dependência. Neste caso, a interrupção do tratamento deve ser realizada gradualmente. A interrupção abrupta do tratamento anticonvulsivo pode levar ao agravamento de crises convulsivas e crises subentrantes, particularmente em caso de alcoolismo. Deve-se reduzir a dosagem em pacientes com insuficiência renal ou hepática (é necessária monitorização clínica, pois existe risco de encefalopatia hepática), em idosos e em alcoólatras. O consumo de bebidas alcoólicas é estritamente proibido durante o tratamento com Fenobarbital, devido à potencialização recíproca dos efeitos de ambos sobre o SNC. Gravidez: Fenobarbital como qualquer outro anticonvulsivante, aumenta a possibilidade de ocorrência de malformações congênitas em crianças nascidas de mulheres epilépticas. A freqüência é ainda maior quando há associação com mais de um medicamento anticonvulsivante. As malformações congênitas mais freqüentes são fenda labial e cardiopatias congênitas. Durante a gestação, o tratamento antiepiléptico deve sofrer adequação, mas não deve ser interrompido. A interrupção abrupta do tratamento antiepiléptico pode causar agravamento da doença na mãe com conseqüências nocivas ao feto. Com o decorrer do período gestacional, podem ser necessários ajustes posológicos. Amamentação: não é recomendado o uso de Fenobarbital por lactantes, devido à possibilidade de retardo do crescimento, sedação e dificuldade de sucção no aleitamento do neonato. Pediatria: As drogas antiepilépticas, principalmente o Fenobarbital, podem causar em alguns casos, síndrome hemorrágica nas primeiras 24 horas de vida das crianças recém-nascidas de mães tratadas cronicamente com Fenobarbital. A administração de 10 a 20mg/24h de vitamina K à mãe, no mês anterior ao parto e a prescrição de suplementos apropriados de 1 a 10mg por injeção IV de vitamina K, ao neonato logo após o nascimento, parecem ser medidas efetivas. Raramente aparecem síndrome de abstinência moderada (movimentos anormais, sucção ineficiente); distúrbios do metabolismo do fósforo e do cálcio e da mineralização óssea. Em crianças recebendo tratamento com Fenobarbital por longos períodos, é necessária a associação de tratamento profilático para raquitismo.


Superdosagem
Podem ocorrer náuseas, vômitos, cefaléia, obnubilação, confusão mental e até coma, acompanhado por uma síndrome de características neurovegetativas (bradipnéia irregular, congestão traqueobronquial, hipotensão arterial). Recomenda-se tratar a superdosagem com assistência ventilatória com oxigenoterapia complementar, se necessário; manutenção da pressão arterial, hidratação e temperatura corporal; monitorização dos sinais vitais, do equilíbrio hidroeletrolítico e ácido-básico; se houver diurese normal deve-se aumentar o débito com alcalinização urinária. O Fenobarbital é dializável.


Efeitos adversos e efeitos colaterais

Reações Adversas/colaterais
Os efeitos descritos abaixo podem ocorrer geralmente após o uso crônico de Fenobarbital, principalmente por via oral: sonolência no início do dia; dificuldade em acordar e às vezes, dificuldade para falar; problemas de coordenação e equilíbrio; raramente, vertigem com cefaléia; reações alérgicas cutâneas (erupções máculo-papulares escarlatiniformes), mais comum em adolescentes do que em adultos; artralgia (Síndrome mão-ombro); distúrbios do humor; anemia megaloblástica devido à deficiência de ácido fólico; osteomalácia e raquitismo.


Quais profissionais prescrevem Unifenobarb?


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