Rubina - Informações, especialistas e perguntas frequentes

Uso de Rubina

Indicações de Rubina
Rubina possui a capacidade de induzir respostas úteis em um amplo espectro de doenças neoplásicas, tais como: carcinoma da mama, linfomas malignos, sarcomas de partes moles, carcinoma gástrico, carcinoma hepático, câncer de pâncreas, carcinoma do reto sigmóide, carcinoma da região cervicofacial, carcinoma pulmonar, carcinoma ovariano e leucemias. A Rubina é indicada por instilação endovesical no tratamento dos carcinomas superficiais da bexiga (de células transicionais, carcinoma-in-situ) e na profilaxia das recidivas após intervenção de ressecção transuretral.


Contra-Indicações de Rubina
O medicamento não deve ser administrado a pacientes com mielodepressão marcada induzida por terapia medicamentosa ou radioterapia anteriores. A administração é normalmente contra-indicada em pacientes com história atual ou anterior de doença cardíaca e em pacientes já tratados com doses cumulativas máximas de outras antraciclinas, tais como, a doxurrubicina ou a daunorrubicina. - Advertências: o tratamento com Rubina será realizado somente por médicos especialistas com experiência no uso de fármacos antiblásticos e citotóxicos. Rubina deve ser usada sob a supervisão de especialistas em terapia citostática. Durante os primeiros ciclos de tratamento com Rubina, os pacientes devem ser cuidadosa e freqüentemente monitorizados. A monitorização hematológica deve ser feita regularmente incluindo a pesquisa de uma eventual depressão da medula óssea. A leucopenia é geralmente transitória com os esquemas que incluem as doses recomendadas, alcançando o ponto mais baixo entre 10 e 14 dias após a administração. A volta aos valores hematológicos normais ocorre habitualmente dentre de 21 dias após a administração. Antes de iniciar o tratamento e se possível durante a terapia, a função hepática deve ser avaliada (SGOT, SGPT, fosfatase alcalina, bilirrubina, BSP). Os dados obtidos em diferentes espécies animais e os resultados das experiências clínicas demonstraram que a Rubina é menos cardiotóxica do que a doxorrubicina. Existe evidência objetiva de que a toxicidade cardíaca pode ocorrer quando a dose cumulativa excede 700 mg/mup4 2. Embora incomum, pode ocorrer insuficiência ventricular esquerda, particularmente em pacientes que tenham recebido uma dose cumulativa que excede 1.000 mg/mup4 2 ou uma dose cumulativa mais baixa em pacientes que tenham recebido radioterapia na área mediastínica. Para o cálculo da dose total de Rubina a ser administrada, devem ser também consideradas terapias anteriores ou concomitantes com compostos antracíclicos, tais como, doxorrubicina ou daunoblastina ou derivados do antraceno. Em particular, pacientes que tenham recebido anteriormente doses cumulativas de mais que 450 mg/mup4 2 de doxorrubicina ou daunorrubicina são de alto risco, podendo desenvolver insuficiência cardíaca congestiva. A insuficiência cardíaca congestiva e/ou cardiomiopatia podem ocorrer algumas semanas após a interrupção da terapia com Rubina. A função cardíaca deve ser cuidadosamente monitorizada durante o tratamento para minimizar o risco de insuficiência cardíaca do tipo descrito para outros compostos antracíclicos. É recomendado que um ECG seja feito antes e após cada ciclo de tratamento. Alterações do ECG, a saber achatamento ou inversão da onda T, depressão do segmento S-T, ou o aparecimento de arritmias são geralmente transitórias e reversíveis, não havendo indicação necessária de interrupção do tratamento. Cardiomiopatia induzida por antraciclinas e em particular por doxorrubicina, encontra-se associada com persistente redução da voltagem de QRS, prolongamento além dos limites normais do intervalo sistólico (PEP/LVET) e uma redução da fração de ejeção. É também aconselhável para pesquisar a função cardíaca, a utilização de técnicas não invasivas assim como ECG, ecocardiografia e, se necessário, a determinação da fração de ejeção por angiografia com radioisótopos. O diagnóstico clínico precoce da insuficiência cardíaca provocada pelo medicamento parece ser essencial para um tratamento bem sucedido com digitálicos, diuréticos, vasodilatadores periféricos, dieta com baixo teor de sal e repouso.


Precauções especiais

Como Usar (Posologia)
Para a reconstituição do conteúdo do frasco-ampola de 10 mg devem ser utilizados 5 ml de água para injeção e para o frasco-ampola de 50 mg, 25 ml de água para injeção. Epirrubicina (cloridrato de epirrubicina) deve ser administrada somente por via intravenosa e a solução reconstituída deve ser introduzida através do tubo de borracha do equipo para infusão intravenosa de cloreto de sódio durante 3-5 minutos. Essa técnica reduz ao mínimo o risco de trombose ou extravasamento perivenoso que pode acarretar celulite grave e necrose. Injeções em veias pequenas ou injeções repetidas na mesma veia podem provocar esclerose venosa. A dosagem é habitualmente calculada com base na área de superfície corpórea. Agente isolado: a dose mais comumente usada nas experiências clínicas tem sido 75-90 mg/mup4 2. A dose deve ser repetida com intervalo de 21 dias; a dose total de cada ciclo pode ser dividida em dois dias sucessivos. O esquema de dosagem deve, de qualquer maneira, ter em conta o quadro hematológico do paciente. Em particular, uma dose mais baixa é recomendada para pacientes cuja função medular tenha sido diminuída por quimioterapia ou radioterapia anteriores e na idade avançada. Associação quimioterápica: quando a Rubina é usada em associação com outros agentes antitumorais, a dose deve ser reduzida. Um estudo comparativo no carcinoma avançado da mama realizado com terapia combinada mostrou que a associação FEC (5-FU, epirrubicina, ciclofosfamida) é tão eficaz quanto FAC (5-FU, adriamicina, ciclofosfamida), quando os componentes da Rubina e adriamicina são administrados na dose de 50 mg/mup4 2. Sendo a via excretória maior o sistema hepatobiliar, a dose deve ser também reduzida em pacientes com função hepática diminuída para evitar um aumento da toxicidade sistêmica. Uma insuficiência hepática moderada (bilirrubina 1,2-3 mg/100 ml ou retenção da BSP 9-15%) requer uma redução da dose da ordem de 50%, enquanto uma insuficiência grave (bilirrubina > 3 mg/100 ml ou retenção da BSP > 15%) uma redução da dose da ordem de 75%. Administração intravesical: no tratamento dos carcinomas papilares de células transicionais são aconselhadas instilações semanais de 50 mg, que deverão ser repetidas durante 8 semanas; no caso de toxicidade local (cistite química) será conveniente reduzir a dose unitária para 30 mg. No tratamento dos carcinomas in situ a dose poderá ser aumentada para 80 mg de acordo com a tolerância individual. Na profilaxia das recidivas sucessivas, à ressecção transuretral de tumores superficiais são aconselhadas instilações semanais de 50 mg, que deverão ser repetidas durante 4 semanas, seguidas de instilações mensais da mesma dose até completar um ano. Para o uso intravesical, a dose escolhida de Rubina deve sempre ser dissolvida em 50 ml de solução fisiológica ou de água destilada estéril. Na administração intravesical, a solução de Rubina que é instilada por cateter, deve ser mantida in loco durante uma hora, após o que o paciente é convidado a esvaziar a bexiga. Durante a instilação poderá ser oportuno movimentar, com movimentos de rotação, a bacia do paciente com a finalidade de proporcionar um contato o mais amplo possível da solução com a mucosa vesical. - Superdosagem: doses isoladas muito altas de Rubina podem ser responsáveis por degeneração miocárdica aguda dentro de 24 horas e mielodepressão grave dentro de 10-14 dias. O tratamento deverá concentrar os esforços para a assistência do paciente durante esse período e deverá utilizar medidas, tais como, transfusão de sangue e medidas para resolver eventuais problemas nutritivos. Insuficiência cardíaca retardada tem sido observada com as antraciclinas 6 meses após a superdosagem. Os pacientes deverão ser observados cuidadosamente e deverão ser tratados com a medicação convencional, se aparecerem sinais de insuficiência cardíaca.


Laboratório
Eurofarma Labs. Ltda.


Precauções
O conteúdo do frasco-ampola encontra-se sob pressão negativa para minimizar a formação de aerossol durante a reconstituição; deverá ser tomado cuidado quando a agulha é inserida. Durante a reconstituição pode se formar uma massa gelatinosa que se dissolverá completamente agitando posteriormente o frasco-ampola. É recomendado para o pessoal que manipula a Rubina o uso de luvas protetoras. Deverá ser tomado cuidado para evitar a inalação de qualquer produto aerossol produzido durante a reconstituição. Derramamento ou vazamento deverá ser tratado com solução de hipoclorito de sódio diluído e, então, água. - Interações medicamentosas: Rubina não deverá ser misturado com heparina, pois pode formar-se um precipitado e não é recomendado que a Rubina seja misturada diretamente com outros medicamentos quando é administrada associada.


Efeitos adversos e efeitos colaterais

Efeitos Colaterais de Rubina
Além da mielodepressão e cardiotoxicidade (descritas nas Advertências) foram relatadas: alopecia: geralmente reversível, acompanhada de parada do crescimento da barba no homem; mucosite: pode aparecer 5-10 dias após o início do tratamento; trata-se predominantemente de estomatite com áreas de erosão doloridas e localizadas ao longo das margens laterais da língua e a nível da mucosa sublingual; distúrbios do aparelho gastrintestinal: náusea e diarréia; febre, calafrios e urticária; anafilaxia pode ocorrer; cistite química, às vezes hemorrágica, na administração intravesical. O risco de tromboflebite no local da injeção pode ser minimizado seguindo a maneira de administração recomendada. Rubina pode dar uma cor vermelho à urina e o paciente deve ser alertado que isto não é motivo para alarme. Não existe informação conclusiva se a Rubina pode provocar efeitos prejudiciais para a fertilidade humana ou causar teratogênese. De qualquer maneira, dados experimentais sugerem que a Rubina pode causar dano no feto. Este produto não deverá ser administrado a pacientes que estejam grávidas ou a mães que estejam amamentando. A ocorrência de leucemia mielóide aguda secundária, com ou sem uma fase pré-leucêmica tem sido relatada raramente em pacientes tratados concomitantemente com doxorrubicina ou epirrubicina em associação com agentes antineoplásicos que danificam o DNA. Tais casos poderiam ter um período de latência curto (1-3 anos). Contato acidental com a pele e os olhos deverá ser tratado imediatamente por lavagens abundantes com água e sabão. A conjuntiva deverá ser lavada com soro fisiológico.


Quais profissionais prescrevem Rubina?


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