Metrotex - Informações, especialistas e perguntas frequentes

Uso de Metrotex

Indicações de Metrotex
Quimioterapia antineoplásica: o metotrexato está indicado no tratamento de coriocarcinoma gestacional, em pacientes com corioadenoma destruens e mola hidatiforme. É indicado como terapêutica paliativa de leucemia linfocítica aguda e no tratamento e profilaxia de leucemia meníngea. Os melhores resultados têm sido observados no tratamento paliativo de leucemias linfoblásticas (stem-cell) agudas, em crianças; em combinação com outras drogas anticâncer. O metotrexato pode ser usado na indução da remissão, mas é mais comumente utilizado na manutenção de remissões induzidas. O metotrexato pode ser usado sozinho ou em combinação com outros agentes anticâncer no tratamento de câncer de mama, câncer epidermóide da cabeça e pescoço e câncer de pulmão, particularmente de células escamosas e de pequenas células. O metotrexato também é eficaz no tratamento de estágios avançados de linfossarcoma, particularmente em crianças e em casos graves de micose fungóide. Quimioterapia antipsoriática: devido aos riscos associados ao uso de metotrexato, só está indicado no controle sintomático de psoríase severa e incapacitante que não responde adequadamente a outras formas de tratamentos, mas somente quando o diagnóstico tiver sido estabelecido por biópsia e/ou após exame dermatológico.


Contra-Indicações de Metrotex
Pacientes grávidas, com psoríase, não devem receber metotrexato. Do mesmo modo, pacientes psoriáticos com insuficiência renal ou hepática ou discrasias sangüíneas (como hipoplasia de medula óssea, leucopenia, trombocitopenia ou anemia) não devem receber metotrexato.


Precauções especiais

Como Usar (Posologia)
Metrotex é um antineoplásico e para o seu manuseio devem ser tomadas as seguintes


Laboratório
Rhodia Farma Ltda.
Remédios da mesma Classe Terapêutica Aredia, Blenoxane, Cisplatina (genérico), Efurix, Elspar


Precauções
Somente deve ser manuseado por pessoal treinado e em local apropriado; é recomendado o uso de luvas e roupas apropriadas; se a solução de Metrotex entrar em contato com a pele, lavar a região com água e sabão, sem esfregar, imediata e completamente. Se houver contato com membranas mucosas, deve-se enxaguar as mesmas com água ou soro fisiológico. Quimioterapia antineoplásica: a administração parenteral pode ser feita por via intramuscular, intravenosa, intra-arterial ou intratecal. A primeira administração da droga é usualmente feita com o paciente hospitalizado. Coriocarcinoma e doenças trofoblásticas similares: 15 a 30 mg/dia, por via intramuscular, durante 5 dias. Em geral, o curso é repetido 3 a 5 vezes, com períodos de 1 ou mais semanas entre os cursos (até que os sintomas de toxicidade se abrandem). A eficácia terapêutica é, em geral, avaliada pela dosagem de HCG urinário, na urina de 24 horas, que deve resultar normal ou menor que 50 UI/24 horas, após o terceiro ou quarto ciclo. Um ou dois ciclos de metotrexato são recomendados após normalização do HCG. Antes de cada ciclo, avaliação clínica é essencial. A combinação cíclica de metotrexato com outras drogas antitumorais tem sido útil em alguns casos. Mola hidatiforme pode preceder um coriocarcinoma, portanto, quimioterapia profilática com metotrexato é recomendada nestes casos. O corioadenoma destruens é considerado como sendo a forma invasiva da mola hidatiforme. As doses de metotrexato nestes casos são as mesmas recomendadas para coriocarcinoma. Leucemia: a leucemia linfática (linfoblástica) aguda, em crianças e adolescentes, é a mais responsiva à quimioterapia atualmente disponível. Em adultos jovens e pacientes com mais idade, a remissão clínica é mais difícil de obter e são comuns recidivas precoces. O metotrexato sozinho ou em associação com esteróides, foi usado inicialmente para indução de remissão de leucemias linfoblásticas. Mais recentemente, a terapia corticosteróide em combinação com outras drogas antileucêmicas ou em combinações cíclicas com a inclusão de metotrexato parece produzir remissões rápidas e eficazes. Quando usado para indução, o metotrexato na dose de 3,3 mg/m2 em combinação com prednisona 60 mg/m2, diariamente, produz remissão em 50% dos pacientes tratados, em geral, num período de 4 a 6 semanas. O metotrexato, sozinho ou em associação com outros agentes, parece ser a droga de escolha na manutenção de remissões droga-induzidas. Quando há remissão e as condições clínicas permitem, a terapêutica de manutenção é inicialmente: metotrexato 30 mg/m2, 2 vezes por semana, via intramuscular. Outra possibilidade é utilizar-se a dose de 2,5 mg/kg intravenoso, cada 14 dias. Se ocorrer recidiva, pode-se repetir o esquema de indução para obtenção de nova remissão. A leucemia granulocítica aguda é rara em crianças, mas comum em adultos. Esta forma de leucemia responde pouco à quimioterapia, as remissões são curtas, com muitas recaídas, e a resistência à terapêutica desenvolve-se rapidamente. Leucemia meníngea: pacientes com leucemia estão sujeitos a invasão leucêmica do SNC. Esta invasão pode manifestar-se por sinais ou sintomas ou permanecer silenciosa e ser diagnosticada somente pelo exame liquórico, que contém células leucêmicas nestes casos. Portanto, um exame do líquor deve ser feito em todos os pacientes leucêmicos. A passagem de metotrexato pela barreira hemoliquórica é mínima, portanto, a droga tem que ser administrada via intratecal. Tem se tornado prática comum a administração de metotrexato intratecal profilaticamente com todos os casos de leucemia linfocítica. O metotrexato, para administração intratecal é utilizado em solução na dose de 12 mg/m2 de superfície corporal ou na dose empírica de 15 mg. A solução deve ser feita na concentração de 1 mg/ml. A droga deve ser repetida a intervalos de 2 a 5 dias. O metotrexato é administrado até que a contagem celular no líquor retorne ao normal. Para profilaxia, a dose é a mesma, ficando os intervalos entre as administrações a critério médico. Altas doses podem causar convulsões. Efeitos colaterais indesejáveis podem ocorrer e são, em geral, de natureza neurológica. Mesmo quando administrado por via intratecal, o metotrexato pode aparecer na circulação sistêmica e causar efeitos tóxicos sistêmicos. Neste caso, a dose sistêmica da droga deve ser adequadamente reduzida ou mesmo descontinuada. Envolvimento leucêmico focal do SNC pode não responder à quimioterapia intratecal e, neste caso, deve-se recorrer à radioterapia. Micose fungóide: a terapêutica com metotrexato produz remissão clínica em cerca de metade dos casos tratados. O ajuste das doses deve ser feito com base na resposta do paciente e no controle hematológico. O metotrexato tem sido administrado por via intramuscular na dose de 50 mg, uma vez por semana ou 25 mg, 2 vezes por semana. O paciente deve ser informado dos riscos envolvidos e permanecer sob constante supervisão médica. Exame físico e testes laboratoriais (contagem de células sangüíneas, exame de urina, creatinina sérica, testes de função hepática) devem ser feitos antes de iniciar o tratamento periodicamente durante a terapêutica e antes de reiniciar o tratamento, após um período de repouso. Em mulheres, a concepção deve ser evitada durante e, no mínimo, 8 semanas depois do tratamento. Qualquer esquema deve sempre ser adaptado para cada paciente em particular. As doses citadas a seguir referem-se a um adulto com 70 kg em média. É recomendado um teste, uma semana antes do início da terapêutica, para detectar qualquer idiossincrasia. A dose sugerida é 5 a 10 mg, por via parenteral. Os esquemas recomendados para iniciar o tratamento são: via intramuscular ou intravenosa, uma vez por semana: 10 a 25 mg por semana, até que ocorra resposta adequada. Não se deve exceder a dose de 50 mg por semana, neste esquema. As doses em cada esquema podem ser gradualmente ajustadas para se alcançar a resposta clínica máxima, desde que não sejam excedidos os limites máximos citados. Uma vez alcançada a resposta clínica satisfatória, a dose deve ser diminuída tanto quanto possível, e o intervalo entre as doses deve ser o maior possível. - Superdosagem: o ácido folínico é um agente potente para neutralizar os efeitos tóxicos imediatos do metotrexato no sistema hematopoiético. Quando doses muito altas de metotrexato são utilizadas, o ácido folínico pode ser administrado em infusão intravenosa, na dose de até 75 mg em 12 horas, seguido por 4 doses de 12 mg intramuscular, cada 6 horas. Quando doses médias de metotrexato apresentam efeitos adversos, 6 a 12 mg de ácido folínico podem ser administradas, cada 6 horas, por 4 vezes, via intramuscular. Quando há suspeita de superdosagem, o ideal é administrar-se o ácido folínico dentro da primeira hora, pois o seu uso depois disto pode ser muito menos eficaz.


Efeitos adversos e efeitos colaterais

Efeitos Colaterais de Metrotex
As reações adversas mais comuns incluem estomatite ulcerativa, leucopenia, náusea e desconforto abdominal. Podem ocorrer ainda: mal-estar, fadiga, calafrios e febre, tontura e diminuição da resistência à infecção. Em geral, a incidência e severidade dos efeitos colaterais são considerados dose-relacionados. As reações adversas relatadas para os vários sistemas são: pele: rash eritematoso, prurido, urticária, fotossensibilidade, despigmentação, alopecia, equimose, telangiectasia, acne, furunculose. Lesões de psoríase podem ser agravadas pela exposição concomitante à radiação ultravioleta; sangue: depressão da medula óssea, leucopenia, trombocitopenia, anemia, hipogamaglobulinemia, hemorragia, septicemia; aparelho digestivo: gengivite, faringite, estomatite, anorexia, vômito, diarréia, hematêmese, melena, úlcera gastrintestinal e sangramento, enterite; hepatotoxicidade resultando em atrofia hepática aguda, necrose, degeneração gordurosa, fibrose periportal ou cirrose hepática; aparelho urogenital: insuficiência renal, azotemia, cistite, hematúria, oogênese ou espermatogênese defeituosa, oligospermia transitória, irregularidade menstrual; infertilidade, aborto, malformação fetal; aparelho respiratório: pneumonite intersticial; doença pulmonar obstrutiva intersticial crônica e casos fatais têm sido relatados; sistema nervoso central: cefaléia, sonolência, visão turva; afasia, hemiparesia, paresia e convulsões; foram relatados casos de leucoencefalopatia após administração intravenosa de metotrexato a pacientes que haviam sofrido irradiação cranioespinhal. Após o uso de metotrexato, a toxicidade para o SNC pode ser classificada em: aracnoidite química, manifestada por sintomas como cefaléia, dor nas costas, rigidez nucal e febre; paresia, usualmente transitória, manifestada por paraplegia associada com envolvimento de um ou mais nervos espinhais; leucoencefalopatia, manifestada por confusão, irritabilidade, sonolência, ataxia, demência e, ocasionalmente, convulsões. Outras reações relacionadas ou atribuídas ao uso de metotrexato: alterações metabólicas precipitando diabetes, efeitos osteoporóticos, e mesmo, morte súbita.


Perguntas sobre Metrotex

Nossos especialistas responderam a 7 perguntas sobre Metrotex

Olá, desconheço esse tipo de efeito colateral no metotrexato. Em todo caso, sugiro entrar em contato com seu médico reumatologista para maiores esclarecimentos

Olá, às últimas recomendações da SBR sugerem suspender o metotrexato por uma semana após a vacina (para vacinas de duas doses) e duas semanas para vacinas de dose única. Recomenda-se ainda que…

Olá bom dia! O metotrexato, medicamento usado no tratamento da artrite reumatoide, pode causar sim queda de cabelo. Porém, esse efeito adverso é descrito como incomum, ou seja, com uma frequência…

Quais profissionais prescrevem Metrotex?


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