Videohisteroscopia
É um método diagnóstico utilizado para visualização da cavidade uterina e seu revestimento: o endométrio. Através de um endoscópio (o histeroscópio), ligado a uma fonte de luz fria e a uma microcâmera de vídeo, conseguimos filmar e fotografar o interior do útero, assim como verificar a existência de alterações dessa cavidade, como a presença de mioma, sinéquias, pólipos, septos, infecções,etc. O que é mais interessante nesse procedimento é que podemos realizar cirurgias para a maioria dessas doenças, sem necessidade de abrir o útero ou a "barriga".
Videolaparoscopia de endometriose
A cirurgia é indicada para as pacientes que apresentam dor e não melhoram com tratamento hormonal, ou para aquelas com quadros avançados, ou seja, cistos de ovário volumosos, suspeita de endometriose no apêndice (por ser um diferencial de tumor carcinoide desta localização), íleo (pelo risco de oclusão intestinal) e lesões do retossigmoide (que provoquem risco de obstrução intestinal) ou em ureter (pelo risco de exclusão renal).
Endometriose
Doença caracterizada pela presença do endométrio (tecido que reveste o interior do útero) fora da cavidade uterina, podendo comprometer diversos locais, entre eles ovários, peritônio, ligamentos uterossacros, região retrocervical, septo retovaginal, retossigmoide, íleo terminal, apêndice, bexiga e ureteres.
O diagnóstico da endometriose é feito pela história da paciente, aliada ao exame físico ginecológico, ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal. "O marcador CA-125, Ressonância Nuclear Magnética da pelve, Uroressonância, ultrassom transretal/colonoscopia têm papel em casos individualizados"
Cistos Ovarianos
A maior parte das doenças ovarinas é benigna, de origem funcional ou tumoral benigna. Frequentemente são achados incidentais, através de ultrassonografia solicitada na rotina pelo ginecologista.
Quando esse cisto apresenta grande volume, a mulher pode ter sintomas pelo efeito de massa (dor no pé da barriga, frequência urinária, dor durante a relação sexual, etc), pelo aumento da produção hormonal (atraso da menstruação, sangramento irregular, aumento de peso, dificuldade para engravidar) e devido à torção do ovário ou à ruptura do cisto.
É consenso na literatura que, em se optando pela conduta cirúrgica, a laparoscopia é via de eleição.