Bruna Dalmolin

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Número de registro: CRP RS 07/35965

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Dúvidas respondidas

4 dúvidas de pacientes respondidas na Doctoralia

Perdi uma pessoa querida, não gosto de lembra porque me destrói porém não lembra parece que esqueço de viver a vida já faz 2 anos não sei o que fazer

Eu sempre digo que a perda é uma cicatriz que modifica a nossa vida para sempre. Seguimos em frente, mas um dia batemos no móvel e sai a casca da cicatriz , sangra de novo e precisamos cuidar mais uma vez para possa cicatrizar mais uma vez. O que fazemos é entender que algumas vezes vamos levantar bem e conseguir viver essa nova vida e outros momentos não. Entender que agora é uma outra rotina e que não será "superado" e sim acolhido. O processo terapêutico nos ajuda a elaborar isso com carinho, a reestruturar a rotina que se modificou e ensinando a termos mais cuidado com essa cicatriz. Espero ter te acolhido na tua dor e não precisa estar sozinha neste processo. Um abraço!

 Bruna Dalmolin

Eu tenho muita dificuldade em demonstrar minhas fraquezas. Não quero nunca ser visto como alguém com problemas. Então guardo tudo pra mim. Guardo tudo comigo. Não desabafo com ninguém a não ser com o espelho. As vezes sinto uma necessidade enorme de ter alguém em quem confiar meus medos e pensamentos. Mas é como se não confiasse em ninguém. Tenho pra mim que essa pessoa irá julgar meus pensamentos e fraquezás. Isso me trava. Não tenho muitos amigos justamente por não conseguir criar esse elo mais forte, essa intimidade. O que posso fazer para melhorar essa questão?

Parece clichê e repetitivo, mas a resposta é fazer um bom acompanhamento terapêutico Nós temos uma mochila invisível nas costas com todas as nossas vivencias e vamos colocando coisas nessa mochila e as vezes ela está com coisas desnecessárias e que estão tornando a caminhada sofrida e difícil. Na terapia olhamos para esse mochila e entendemos porque aquele objeto está ali e se devemos jogar ele no lixo ou manter com a gente. Entender que quando as pessoas nos criticaram na infância teve o processo do outro e a minha absorção como criança. Isso vai se tornando claro, com a escuta, acolhimento e ferramentas terapêuticas. Abraços!

 Bruna Dalmolin
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