Equipe Doctoralia
Os exames de imagem têm evoluído constantemente, junto com o desenvolvimento da tecnologia. Uma das possibilidades mais recentes é a tomografia cone beam, que permite a captura de imagens em 3D, sendo útil especialmente na odontologia.
Se você precisa realizar o procedimento, não se preocupe. Apesar do nome complicado, o exame é de realização rápida e indolor. Continue a leitura do artigo para saber:
A tomografia cone beam, também chamada de tomografia computadorizada volumétrica do feixe cônico, é um exame que permite capturar imagens tridimensionais (3D) de regiões do corpo. O procedimento é usado principalmente na odontologia, pois permite visualizar as estruturas da região maxilo-mandibular com detalhes.
O método funciona assim: as imagens são obtidas por meio de uma fonte emissora de raios X de feixe cônico e por um sensor plano, que capta a quantidade e a intensidade desse feixe.
O aparelho dá um giro de 360 graus em torno da região que se deseja analisar. A informação captada pelo sensor, então, é enviada via cabos para um computador, sendo convertida em imagem por meio de um software.
No computador, é possível obter imagens em qualquer plano de projeção, além de reconstruí-las de forma tridimensional. Assim, as estruturas podem ser analisadas de maneira mais detalhada, em comparação com os métodos tradicionais.
Para entender as vantagens do exame, é importante saber, primeiro, qual é a diferença entre fan beam e cone beam.
Na tomografia fan beam, ou de feixe em leque, são obtidas imagens em fatias, com os cortes sendo reunidos posteriormente. Já na cone beam, o feixe tem, como o nome sugere, um formato de cone. Com uma única rotação, é possível obter uma imagem tridimensional na tela do computador.
Imagem: Raios Xis
Por conta disso, a tomografia cone beam tem uma série de vantagens. Primeiro, basta uma volta para que se obtenha as imagens. Além disso, o tempo de exposição é reduzido consideravelmente em relação ao modelo tradicional, o que diminui a dose de radiação emitida. O exame é rápido, simples e resulta em imagens de alta qualidade.
Os principais usos da tomografia cone beam são relacionados à odontologia. Na área, os primeiros relatos literários foram compartilhados nos anos 1990, por pesquisadores italianos.
Atualmente, o exame tem diversas indicações na área da odontologia. Conheça as principais:
Para os pacientes que perderam um ou mais dentes, a tomografia cone beam facilita o planejamento de implantes, permitindo que o procedimento seja feito com segurança e que o resultado final seja de qualidade.
Um dos problemas que pode ser diagnosticado pela tomografia cone beam é a disfunção têmporo-mandibular, também chamada de dor na ATM.
O distúrbio na articulação e nos músculos encarregados dos movimentos da boca e da mandíbula pode causar fadiga nos músculos respiratórios, além de sintomas como dor no maxilar, dor de cabeça e estalo ao abrir a boca.
A tomografia cone beam possibilita uma melhor preparação para cirurgias. Por meio do exame, é possível identificar dentes inclusos e supranumerários, por exemplo.
Além disso, o dentista pode visualizar os terceiros molares (mais conhecidos como dentes dos sisos) e entender se estão muito próximos do canal mandibular para então definir se é possível extraí-los ou se há risco de parestesia.
A tomografia cone beam tem diversos usos na endodontia, especialidade da odontologia que cuida da polpa dental.
Através do exame, os especialistas da área podem investigar se a arcada dentária do paciente apresenta alterações como dilaceração radicular, fraturas dentárias ou radiculares, perfuração radicular, entre outras.
Já na ortodontia, a tomografia cone beam auxilia a avaliar o posicionamento da língua, a relação dos dentes superiores com o seio maxilar, as tábuas ósseas e a intercuspidação dentária, entre outras possibilidades.
A tomografia cone beam pode ser realizada em centros de diagnóstico por imagem que contam com o aparelho necessário para fazer o procedimento.
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