Artigos 16 janeiro 2024

A importância do uso de protetor solar diariamente

Equipe Doctoralia
Equipe Doctoralia

A sociedade atual está cada vez mais consciente dos riscos decorrentes da exposição solar e da necessidade de usar protetores solares todos os dias do ano. Na rotina de cuidados com a pele do rosto, é essencial incluir um fotoprotetor. No entanto, ainda há pessoas que não aplicam cremes de proteção solar de maneira rotineira.
Os motivos são diversos: a segurança dos componentes dos fotoprotetores, a falta de conhecimento sobre os riscos, o medo de diminuir a síntese de vitamina D e a falta de costume no uso de cosméticos em geral. Neste texto, tentaremos convencer todas aquelas pessoas que ainda não fazem rotineiramente uso de cremes de proteção solar sobre os riscos que essa prática acarreta.

Efeitos negativos do sol em nossa pele

O sol emite energia na forma de radiações eletromagnéticas, que viajam em todas as direções pelo espaço, até atingir a superfície terrestre após atravessar a atmosfera, onde parte é absorvida pelo oxigênio e ozônio. A radiação solar que chega à superfície da Terra é dividida com base no comprimento de onda:

  • Radiação ultravioleta (UV, 200-400 nm): representa 5% da radiação solar e é invisível. Divide-se em UVC (200-290 nanômetros), UVB (290-315 nm) e UVA (315-400 nm). A radiação UVC praticamente não atinge a superfície terrestre, a radiação UVB representa 5%, e a radiação UVA, 95%.

  • Luz visível (LV, 400-760 nm): representa 40% da radiação solar e é visível ao olho humano como cores (vermelho, laranja, amarelo, verde, ciano, azul e violeta). Tem uma alta penetração (até a derme) e está envolvida na geração de hiperpigmentações.

  • Infravermelha (IR, > 760 nm): representa 55% e é responsável por fornecer calor à nossa pele. É capaz de atravessar toda a pele e chegar até o músculo. Contribui para acentuar os efeitos negativos da radiação UV e para o envelhecimento da pele.

Os efeitos prejudiciais da radiação solar em nossa pele serão divididos entre os produzidos a curto e a longo prazo.

mulher de costas A fotoproteção diária e o uso de fotoprotetores todos os dias desempenham um papel crucial na prevenção do fotoenvelhecimento

Efeitos negativos a curto prazo

  • Queimadura solar: vermelhidão, bolhas e descamação subsequente.
    Bronzeamento: aumento do número de melanócitos, síntese de melanina e espessamento da epiderme e camada córnea.
  • Efeito imunoestimulante: ativa o sistema imunológico inato, podendo provocar surtos de fotodermatoses (erupção polimórfica à luz, fotoalergia, fototoxicidade) e doenças autoimunes do tecido conjuntivo (lúpus, dermatomiosite).
  • Efeito imunossupressor: diminui o sistema imunológico adaptativo, podendo causar surtos de herpes simples orolabial e aumentar o risco de fotocarcinogênese (em pacientes imunodeprimidos).

Efeitos negativos a longo prazo

  • Fotoenvelhecimento
  • Fotocarcinogênese

Está bem estabelecido que a exposição da pele à luz UV é um fator de risco importante para o desenvolvimento de nevos melanocíticos, melanoma cutâneo e câncer cutâneo não melanoma (carcinoma basocelular, queratose actínica e carcinoma espinocelular). A radiação UV, especialmente a UVB, provoca a formação de dímeros de pirimidina no DNA, gerando mutações. Quando essas mutações afetam genes relacionados à regulação do crescimento celular (oncogenes e genes supressores de tumores), ocorre a expansão clonal da célula epidérmica afetada, resultando na formação de um tumor.

Benefícios do uso diário de proteção solar

Fotoenvelhecimento

Há evidências científicas abundantes de que a fotoproteção diária e o uso de fotoprotetores todos os dias desempenham um papel crucial na prevenção do fotoenvelhecimento. Apesar dos esforços da indústria para fabricar tratamentos que revertam o envelhecimento cutâneo, a melhor defesa contra o envelhecimento facial ainda é a prevenção por meio do uso diário de protetores solares. Se prevenirmos o fotoenvelhecimento, estamos evitando:

  • Rugas.
  • Poros abertos.
  • Comedões abertos e fechados (microcistos).
  • Pele espessa, endurecida e/ou escamosa.
  • Pele opaca.
  • Alterações de pigmentação: por excesso (sardas, manchas solares, melasma, hiperpigmentação citrina) e por defeito (manchas brancas ou leucodermia gutata).
  • Alterações vasculares: telangiectasias e aranhas vasculares.
  • Perda de volume com acentuação de sulcos e flacidez.
  • Fotocarcinogênese

A radiação solar à qual estamos expostos ao longo de todo o ano aumenta o risco de câncer de pele e provoca o fotoenvelhecimento. A melhor forma de prevenir os efeitos prejudiciais da radiação solar é o uso de cremes de proteção solar. Além disso, também é recomendável evitar a exposição durante as horas de maior índice de radiação UV, buscar sombra e usar barreiras físicas (roupas adequadas, bonés ou chapéus, óculos de sol).

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