Fazemos um trabalho de lembrança. A gente lembra, recorda, rememora. Voltamos às origens, fazemos uma arqueologia dos nossos sintomas. Voltamos aos nossos desejos esquecidos, ao que foi nossa infância.
Mas não para fazer um tratado ou organizar peças como se fosse um museu. A gente retorna ao passado para reinventar um outro futuro. Para sair das repetições.
Às vezes experimentamos a vida como uma repetição sem sentido, como uma série coercitiva que se impõe. Quando a gente vive essa repetição, ficamos presos ao presente, ao presente que não passa, que não anda, que nos dá a sensação de estar parado na vida.
E por que ficamos parados na vida? Freud diz que foi porque interrompemos ou estamos com dificuldade no trabalho de, a partir do presente, ir ao passado e projetar um futuro.
Daí a importância de recordar – a partir do presente, dos nossos sofrimentos atuais, dos nossos enigmas – para que indo ao passado, “reviva-o” na relação de transferência com seu analista.
Para então poder perlaborar. Ou seja, fazer um trabalho através de, atravessar. Atravessar o passado e o presente rumo a uma elaboração possível, a uma elaboração desejante do futuro.
Para contar sua história, agende aqui.
26/12/2022